Entregou-se à Polícia Civil, por volta da uma hora da madrugada deste domingo (26), o cabo Leonardo Fernandes de Lima, um dos acusados de participação na chacina que vitimou 11 pessoas no bairro do Guamá, em Belém, ocorrida no último domingo (19). Dos oito acusados identificados pela polícia paraense, apenas o elemento conhecido como "Diel" ainda está foragido. O trabalho da Polícia Civil surtiu efeito e em menos de oito dias quase todos os envolvidos no crime estão presos.
Conforme o site noticiou, na sexta-feira (24), os oito elementos já haviam sido identificados e quatro deles já estavam presos. De sexta-feira até este domingo, mais três se entregaram.
Com a prisão dos acusados a Polícia Civil espera esclarecer as motivações da chacina e determinar se a iniciativa partiu dos acusados ou se houve ordem de outros elementos para que o crime fosse cometido.
A intenção de abalar a cúpula de Segurança Pública do Estado parece clara nesta ação de milicianos. A determinação do governador Helder Barbalho no sentido de coibir a ação das milícias - formadas, em sua maioria, por policiais ou ex-policiais - parece ter causado essa erupção. Sob a desculpa de "vingar" a morte de agentes da Segurança Pública assassinados no Pará, os milicianos pretendem implantar um "estado paralelo". A pronta ação da Polícia Civil e a colaboração integral da Polícia Militar conseguiu frustrar os planos dos milicianos, pelo menos por enquanto.
Circulou o boato que os policiais militares acusados de envolvimento na chacina teriam sido presos nas ruas por equipes da Polícia Civil. Um boato com potencial para deixar insatisfeita a PM. O Comando Geral de Polícia Militar do Pará desmentiu o rumor. Em nota oficial divulgada neste sábado (25), o comandante-geral Dilson Junior deixa claro que há intensa colaboração entre as corporações e que os militares foram detidos pela força tarefa conjunta que apura o caso.
Leia a nota da Polícia Militar, a seguir:
Polícia Militar do Pará
Assessoria de Comunicação
Nota
A Polícia Militar do Pará informa que as investigações sobre o fato ocorrido no bairro do Guamá, no último domingo (19), que culminou em 11 mortes, estão sob a responsabilidade da Polícia Civil do Estado.
A instituição ressalta que o cumprimento dos mandados de prisão de policiais militares, suspeitos de terem envolvimento no caso, foi realizado por equipes da Corregedoria-Geral e de unidades do Comando de Missões Especiais (CME) da corporação. Nenhum policial militar foi detido pela Polícia Civil.
Em paralelo à investigação da PC, a Corregedoria da PM instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a participação de PMs em associações criminosas e afirma que vai continuar atuando com rigor em qualquer tipo de desvio de conduta por parte de policiais militares.
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