O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, dr. Alberto Teixeira, esteve, nesta sexta-feira (18), em Marabá, para a transmissão oficial de cargo de superintendente da Polícia Civil no Sudeste Paraense. Alberto é um velho conhecido da cidade, onde já atuou como delegado de polícia e Secretário de Segurança. Alberto veio dar posse ao delegado Thiago Carneiro Rodrigues que substitui a delegada Simone Felinto. Simone passa a responder pela direção da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), de Marabá.
Thiago Carneiro é responsável em coordenar as Unidades Policiais da Polícia Civil em 16 municípios da região do Carajás. O evento foi realizado no auditório de uma empresa de autopeças. Na ocasião, estiveram presentes policiais civis que atuam em Marabá e região, representantes da comunidades e jornalistas do município.
Com oito anos de carreira na Polícia Civil, vividos em municípios do sudeste paraense, o delegado Thiago Carneiro já atuou em Unidades Policiais como as Delegacias de Curionópolis, Parauapebas, Eldorado dos Carajás e ultimamente estava em Canaã dos Carajás.
Agora, como superintendente da região, o delegado tem a missão de continuar a repressão à criminalidade na região, por meio do combate às diversas modalidades de ações criminosas, entre elas, os roubos a banco, roubos de veículos e homicídios.
O diretor de Polícia do Interior, delegado José Humberto Melo, destacou a ideia da nova gestão é tornar a Polícia Civil do Pará, cada vez mais, uma Polícia mais forte. "Que nós possamos nos unir em prol de investigar os crimes", conclamou.
Ele citou, como exemplo, a operação Longa Manus deflagrada, nesta quinta-feira, em Marabá, que resultou nas prisões de pessoas influentes com envolvimento em crimes na região. "Em sete dias, foram realizadas 15 operações que resultaram em 54 prisões no interior do Estado", destaca.
Os Desafios e Projetos da Civil
Ao falar sobre os planos e projetos para desenvolver a Polícia Civil do Pará no atual Governo, o delegado-geral destacou os problemas encontrados ao assumir a gestão da corporação policial. "Pegamos uma Polícia Civil com um problema sério de efetivo (quantidade de policiais civis). Hoje tenho 3.324 policiais civis, em tese, prontos para o serviço. Em tese, porque na verdade, não conto com esse número todo. Temos policiais de licença, de férias e cedidos a outros órgãos. Isso diminui (o número de policiais civis) de forma considerável para que possamos utilizá-los em todo Estado do Pará. E a situação pode se agravar mais. Estamos com 906 policiais civis aptos a se aposentar. Efetivamente, 400 irão fazer isso nesses próximos dias", destacou o delegado-geral.
A demanda já foi levada ao governador do Pará, Helder Barbalho, que se mostrou bastante sensível aos problemas da Segurança Pública e se mostrou favorável para que a Polícia Civil possa chamar o excedente do último concurso, para assim, fortalecer o número atual de policiais civis, ou pelo menos, tentar igualar ao número de policiais civis que irão sair da corporação.
Conforme o delegado-geral, já foi pleitada ao governador a realização de um novo concurso público para cargos de carreira policial civil. Além dos problemas com efetivo policial, ressalta o delegado-geral, a Polícia Civil está com problemas financeiros. "Temos uma dívida pretérita que hoje está em torno de R$ 13 milhões. E a nossa renda para fomentar investimentos de custeio na instituição é de R$ 3,2 milhões. Tenho que escolher o que eu pago, para nós não pararmos. E ainda assim procurar investimentos", explica Teixeira.
Criminalidade na Região
Ao se referir à criminalidade em Marabá, o delegado-geral destacou que a região tem os mesmos problemas da região metropolitana de Belém, como roubos, tráfico de drogas, homicídios, milícias e facções. "Em Marabá tem tudo isso, mas tem dois problemas a mais: os assaltos a banco e a questão agrária", destaca, ao salientar a necessidade de fortalecer as Polícias Civil e Militar para que sejam Polícias fortes e preparadas para o enfrentamento ao crime.
Diante disso, o delegado-geral destacou ser primordial o investimento em inteligência policial, por meio da aquisição de equipamentos de ponta para a Polícia Civil, para ajudar nas investigações. Teixeira destacou algumas ideias obtidas enquanto visitou as Polícias Civis de outros Estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, para colocá-las em prática na Polícia Civil do Pará.
Entre elas, as chamadas Centrais de Composição Social, que seriam formadas por equipe multidisciplinar assistidas por um delegado de Polícia, responsável em absorver os chamados crimes de menor potencial ofensivo, cuja pena é pequena.
Outro projeto é o Inquérito Eletrônico, que corresponde à integração dos sistemas da Polícia Civil com o Poder Judiciário para envio por meio eletrônico de inquéritos policiais do Judiciário.
Uma outra ideia é a implantação na Polícia Civil das chamadas Centrais de Garantia responsáveis em receber apenas situações de prisão em flagrante formada por equipe multidisciplinar com presença de policiais civis.
A meta é agilizar e dar mais eficiência ao andamento dos procedimentos de Polícia Judiciária dentro das garantias constitucionais. "Dentro desse planejamento institucional, a médio e longo prazo, temos a intenção de desenvolver (essas ideias) na Polícia Civil", assevera.
(Texto editado pelo site, com informações e imagens da Ascom/PC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário