A Fuga - PM escolta famílias que fogem de traficantes em Belém |
Que a situação da (in)segurança pública é dramática no Pará, todos sabemos (e sofremos), mas há momentos que passam de todos os limites, mesmo os mais dilatados. No Diário do Pará desta terça-feira (20), a manchete principal conta que moradores do Residencial Parque Verde, em Belém, abandonaram suas casas por conta das ameaças e do risco iminente de morte. Para tornar ainda mais terrível a história, as dez famílias tiveram que ser escoltadas por guarnições da Polícia Militar para conseguir deixar o local em segurança.
"Altamente Vermelha" - Nesta área, quem manda é o tráfico |
A matéria do Diário do Pará conta que, nos últimos dias dois moradores foram assassinados e um foi ferido por traficantes que tornaram a área "altamente vermelha", no dizer de um policial presente à evacuação dos moradores. Dias atrás, um bando formado por 20 bandidos atacaram a região disparando contra os moradores. Os marginais acreditam que partiu dos moradores a denúncia que levou à captura de um dos líderes do tráfico de drogas na região.
Às vésperas de encerrar o mandato do atual governador Simão Jatene (PSDB), a fuga dessas famílias é um símbolo do descalabro a que chegamos por conta dos imensos equívocos cometidos pelo tucano na gestão da Segurança Pública. A redução de investimentos em pessoal, equipamentos e monitoramento das áreas mais perigosas das cidades paraenses teve como reflexo um incrível aumento da violência na capital e também no interior.
Resta aos paraenses esperar que Helder Barbalho, governador eleito do Pará, consiga efetivar um plano emergencial de segurança. O aumento do número do efetivo e a presença ostensiva da polícia são essenciais, mas é preciso desarticular o tráfico de drogas, responsável por mais de 60% dos homicídios e tentativas de homicídio no Pará. Controlar os rios e as fronteiras secas do Estado é o grande desafio que Helder terá pela frente.
A matéria do Diário do Pará, assinada por Arthur Medeiros e com fotos de Mauro Ângelo, você lê aqui
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