A Ferrogrão, que vai ligar Sinop ao porto de Mirirituba, no Pará, é uma das obras mais estratégicas para o desenvolvimento do chamado "Arco Norte" - região formada por áreas do Mato Grosso, Roraima, Goiás, Tocantins e Pará e grande produtora de soja, sorgo e outros grãos, além de ter forte presença da agricultura e pecuária.
A Ferrogrão se integrará ao sistema intermodal que prevê ainda o asfaltamento da BR 163, conhecida como Santarém-Cuiabá, a derrocagem do Pedral do Lourenção que viabilizará a Hidrovia Tocantins-Araguaia e a Fepasa, a Ferrovia Paraense. Quando concluídas e integradas, essas obras vão garantir logística de qualidade e verdadeira competitividade para produtos brasileiros.
Quintella afirmou que irá à Europa, no final deste mês, e apresentará a Ferrogrão a investidores alemães, russos, além de chineses que já teriam demonstrado interesse em participar da exploração da Ferrogrão.
A Ferrogrão impressiona pelos números que envolve. Com mais de 1.150 quilômetros de extensão, tem custo estimado em mais de 12 bilhões de reais, deve transportar mais de 25 milhões de toneladas em cargas diversas, já em seu primeiro ano de funcionamento. As estimativas apontam a ferrovia deverá transportar mais de 45 milhões de toneladas em cargas a partir de 2050 e o leilão deve ser realizado no final de 2018. Quem ganhar o certame poderá explorar a ferrovia por 65 anos.
A primeira audiência pública aconteceu nesta terça-feira (21), em Cuiabá. As audiências acontecerão em Belém (PA), no dia 27 de novembro, em Itaituba, no dia 3 de dezembro, e em Novo Progresso (PA), no dia 4 de dezembro. Em Sinop, a audiência pública será no dia 8 de dezembro. A última sessão será realizada em Brasília, no dia 12 de dezembro.
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