11 de abril de 2019

PONTE DESTRUÍDA: Justiça bloqueia R$ 185 milhões da Vale e mais cinco empresas para garantir recuperação de ponte no Pará. Comandante da balsa que destruiu a ponte é preso



A Justiça do Pará decretou o bloqueio de R$ 185 milhões nas contas de seis empresas consideradas responsáveis pela destruição da ponte sobre o rio Moju, na Alça Viária. A Biopalma (do Grupo Vale, que vendia a carga), a Jari (compradora da carga), CJ da Cunha, IC Bio Fontes, Agregue e Kelly Oliveira foram atingidas pela medida divulgada na tarde desta quinta-feira (11).




Elielson Lopes Barbosa, comandante da balsa que destruiu a ponte, foi preso na tarde desta quinta-feira. A Justiça paraense decretou a prisão preventiva de Elielson, que será apresentado à Delegacia-Geral de Polícia Civil ainda hoje.

Sobre o pedido de bloqueio feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), a medida visa garantir que os envolvidos arquem com as despesas decorrentes da isenção das balsas para a população, além das obras emergenciais e de recuperação da ponte.

Enquanto isso a Secretaria de Estado de Transportes (Setran), informa que está acelerando as obras já iniciadas na PA-252, que dá acesso ao município de Moju. Na Estrada Quilombola, vicinal localizada na comunidade de Jambuaçu, pertencente também a Moju, será realizada a conservação do revestimento primário de 55 quilômetros, para ser utilizada como rota alternativa de fluxo para ônibus e veículos de passeio. A rodovia Perna Sul também está recebendo serviços emergenciais para proporcionar maior fluidez ao tráfego.

As vias estavam em péssimas condições de trafegabilidade devido ao longo período sem manutenção. As frentes de trabalho realizam serviços de pavimentação, tapa-buracos, limpeza de meio-fio e acostamento. A ação será permanente no período em que a ponte estiver em obras. As rampas para a travessia do Acará para Moju, no local onde ficava uma ponte, também começaram a ser construídas, e devem ficar prontas em 15 dias. A Setran mantém as equipes trabalhando 24 horas, em regime de plantão.

A equipe de governo estuda, com a Capitania dos Portos, a implementação de duas balsas flutuantes, para viabilizar o translado de veículos de um lado ao outro do rio o mais rápido possível.



Desobstrução Adiada


Sobre o deslocamento dos destroços da embarcação e da ponte, que submergiram no rio Moju, o serviço ainda não foi iniciado devido à maré alta.

Um guindaste e outros equipamentos adequados para realizar o serviço devem chegar ao local nos próximos dias.

O objetivo principal da ação é liberar a navegação na área em sua totalidade. A retirada do total das 3 mil toneladas de escombros deve durar quatro meses.

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