11 de abril de 2019

PONTE DESTRUÍDA: Começa hoje remoção de entulhos, diz Setran. Nove balsas operam na travessia. Sem a Alça, tempo de viagem mais que dobra



Foi adiada para esta quinta-feira (11), a retirada dos escombros da ponte sobre o rio Moju derrubada após uma balsa colidir contra alguns pilares de sustentação, no sábado (6). O atraso se deve às condições da maré na região. A forte correnteza no local impediu que começasse o serviço, essencial para garantir o fluxo de embarcações e início das obras de construção de rampas de acesso nas margens do rio. Quando as rampas estiverem prontas, balsas farão o transbordo de veículos gratuitamente no local, até que a ponte seja reconstruída.



O secretário de Transportes, Antônio de Pádua Andrade, garante que vai intensificar os serviços de construção das duas rampas. “Estamos com um prazo previsto de aproximadamente dois meses para construção dessas rampas no Rio Moju, mas vamos trabalhar com duas equipes dia e noite, no intuito de antecipar esse prazo o máximo que for possível”, disse Pádua.

Mais Balsas


O trânsito em Belém, já estrangulado há anos, sem a Alça Viária como acesso ao sul-sudeste do Estado, vive dias de caos extremo. As filas de carros que tentam chegar ou sair de Belém, através dos portos em operação, causam enormes engarrafamentos. Nesta quarta-feira (10), a operação de emergência passou a contar com uma balsa de grande porte, com capacidade para transportar até 40 caminhões. Agora, são nove balsas realizando este serviço. Mesmo assim, o tempo de espera é enorme e combinado com a lentidão das balsas, fazem com que o tempo de viagem mais que dobre. São necessárias cerca de 12 horas e muita paciência para ir de Marabá a Belém, por exemplo.  

Mesmo assim, o diretor geral da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon), Eurípedes Reis, entende que mais uma balsa pode ajudar a reduzir a espera.

“Começamos a operar com a nona balsa hoje, isso vai ajudar bastante na travessia dos caminhões. Ela estava sendo aguardada desde ontem, mas, pelo fato de ser muito grande, ficou viabilizada apenas nesta madrugada e começou a operar nesta quarta, às 9h15. Nós demos preferência para liberar a rodovia e embarcamos mais de 30 carretas nesta manhã. Existe a possibilidade de outras balsas dessa capacidade entrarem em operação. Vamos acompanhar o trajeto até o Arapari e, tendo viabilidade de tráfego, vamos exigir que consorcio retire balsas menores e substitua por outras de maior capacidade”, afirmou o diretor.

O porto Celte está recebendo veículos pesados. Carros e caminhões de pequeno porte embarcam e desembarcam no porto Henvil. Estão sendo priorizados na travessia pacientes que fazem tratamento fora de domicílio (TFD), ambulâncias, veículos inflamáveis, cargas perecíveis e situações emergenciais.



Agentes do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) trabalham na organização da fila de transportes de cargas, que começa na avenida Perimetral, onde os caminhoneiros aguardam o andamento do trânsito para chegarem nas embarcações.

“Estamos atuando no controle de tráfego desses veículos desde a Bernardo Sayão, seguindo pela Perimetral até a João Paulo. Nosso efetivo é de 18 agentes, 24h por dia, em escala. A ideia é tentar reduzir o tempo de espera desses automóveis de carga, para que não comprometa o abastecimento nas regiões do Estado, sempre mantendo a organização em fila e seguindo as prioridades para embarque”, explicou o coordenador de operação do Detran, Ivan Feitosa.

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