A operação Anonymus, realizada em conjunto pelas Polícias Civil e Militar, na madrugada desta segunda-feira (18), conseguiu prender dez policiais militares acusados de integrar grupos de extermínio no Pará. A operação cumpriu ainda outros dezenove mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Entre os presos, dois sargentos e oito cabos e soldados. A Segup ainda não divulgou o nome dos envolvidos.
A operação Anonymus quase foi comprometida. O serviço de inteligência da Polícia Civil detectou que informações privilegiadas foram repassadas aos acusados. A fonte do vazamento de informações foi identificada e a pessoa responsável já teve sua prisão preventiva decretada. O delegado-geral de Polícia Civil, dr. Alberto Teixeira (em primeiro plano na foto acima, ao lado do secretário de Segurança, Ualame Machado, e do comandante-geral da PM, coronel Dilson Jr), na coletiva à imprensa no final da manhã, garantiu que está empenhado em prender ainda hoje quem vazou informações.
Segundo Alberto Teixeira, os presos integram três organizações criminosas distintas, com atuação na Região Metropolitana de Belém, em especial Ananindeua e Marituba. Teixeira disse que os militares detidos são responsáveis por pelo menos seis execuções, além de fornecerem a terceiros informações privilegiadas sobre operações policiais.
“Desde o início das investigações, as Polícias Civil e Militar estão juntas e alguns policiais militares foram presos. Na semana passada tivermos que cortar em nossa ‘própria carne’ com a prisão de dois policiais civis. A criminalidade feita pelos nossos integrantes não pode ficar à margem e vamos agir com rigor para que todos sejam responsabilizados, porque ninguém está acima da lei”, disse o delegado-geral.
O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, disse que o Sistema de Segurança Pública homenageia e reconhece a tropa formada por bons policiais, mas, não vai admitir desvio de conduta em qualquer instituição do sistema.
“Essa operação é para demonstrar que estamos do lado de cada um policial, militar ou civil, desde que estejam atuando dentro do que está previsto na lei. Se fugirem a essa regra, serão punidos”, disse Ualame.
“Essa operação é para demonstrar que estamos do lado de cada um policial, militar ou civil, desde que estejam atuando dentro do que está previsto na lei. Se fugirem a essa regra, serão punidos”, disse Ualame.
Apesar das evidências apontarem para a configuração de milícias armadas atuando na Grande Belém, Ualame reluta em admitir. "O que podemos afirmar agora é que são grupos organizados que praticavam crimes em série com características de execução”, disse o titular da Segup.
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