Ela diz ter sido recrutada pelo "Matemático", mas nem ela ou seu contratador calcularam bem os riscos de transportar maconha de Goiás para o Pará e Edilene Rocha Ribeiro (acima na foto em destaque), acabou presa em Marabá depois de ser monitorada pela equipe de delegados e investigadores do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), órgão ligado ao Núcleo de Inteligência Policial (NIP), serviço reservado da Polícia Civil, que vem tendo sua atuação incrementada pela Delegacia-Geral da PC, à frente o delegado Alberto Teixeira.
Com Edilene os policiais apreenderam 20 quilos de maconha prensada que tinham como destino Itupiranga, cidade distante cerca de 40 km de Marabá. A droga, avaliada em pouco mais de R$ 30 mil, estava distribuída em 35 tabletes de droga e acondicionados em uma das malas transportadas pela "mula" - posição subalterna e muito arriscada no submundo do tráfico, a "mula" é responsável pelo transporte da droga.
A prisão de Edilene aconteceu por volta de 1h desta sexta-feira (22), quando a "mula" desembarcava de um ônibus de turismo vindo de Aparecida de Goiânia (GO). Edilene, com sua mala recheada de maconha, se preparava para entrar em um desses veículos chamados através de aplicativos de celular quando foi detida e não ofereceu resistência ao ser levada para a Delegacia Seccional de Marabá.
Segundo Edilene relatou aos policiais, ela teria sido abordada por pessoas desconhecidas que intermediaram a negociação com o traficante conhecido como "Matemático". Ela garante que não se encontrou pessoalmente com o dono da maconha. Todo o contato teria sido feito através de contatos telefônicos. Ficou acertado que Edilene receberia R$ 1 mil pelo transporte dos 20 quilos de "erva-do-diabo". R$ 600 foram pagos antecipadamente para custear a viagem.
Agora, a Polícia Civil investiga as conexões entre Edilene e a organização criminosa articulada por seu contratador. Enquanto isso, como a viagem foi interrompida, a "mula" não poderá contar com o "Matemático" para ajudá-la a calcular quanto tempo vai ficar "hospedada" no Sistema Penitenciário do Pará. O crime de tráfico de entorpecentes tem penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão.
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