22 de março de 2019

"NOVO CANGAÇO": Polícia Civil apresenta arsenal usado para assaltos a bancos no Pará. Quatro de oito desses crimes já resultaram em prisões



De 1° de janeiro a 18 de março de 2019, oito ocorrências de roubos a bancos foram registradas no Pará. Todas se enquadram na modalidade "vapor noturno" ou "novo cangaço". Na tarde desta sexta-feira (22), a Polícia Civil do Pará apresentou parte do arsenal apreendido em confrontos com essas quadrilhas e informou que as investigações de quatro deles já resultaram em prisões. 

   

Os roubos que estão sendo investigados ocorreram em Rondon do Pará, Goianésia do Pará, Mãe do Rio, São Félix do Xingu, Bonito, Cachoeira do Piriá e Rio Maria.

As informações foram repassadas pelos delegados Fausto Bulcão, titular da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA), e pelo delegado Sérvulo Cabral, diretor de Polícia Especializada (DPE).
  
Praticados em diversas regiões do Pará, esses crimes têm em comum a extrema violência com que são praticados, quase sempre utilizando armas de grosso calibre e explosivos. Além disso, as quadrilhas buscam fazer reféns e interditam rodovias para dificultar a perseguição das forças policiais.



Ataque ao Banpará


O armamento, munições e demais acessórios apresentados hoje foram apreendidos após troca de tiros com dois envolvidos no roubo à agência do Banpará em Bonito, nordeste do Estado. 

A troca de tiros ocorreu no último dia (15), em um acampamento na zona rural do município de Nova Esperança do Piriá e resultou nas mortes dos suspeitos. Foram apresentadas uma carabina Magal calibre .30 de fabricação israelense; um fuzil M16 G1 calibre 556; uma arma calibre 12 de coronha estendida; um fuzil plataforma M16 reduzida calibre 556; um fuzil de madeira calibre .762 sem marca ou numeração aparente; e uma escopeta calibre 12 de coronha manual.

Além das armas, foram apreendidos cordéis detonantes; espoletas; dois coletes balísticos; roupas camufladas e oito munições de calibre 12. Foram apreendidos ainda cinco cartuchos de calibre 12 deflagrados; 51 munições de calibre .30; 51 munições para calibre .556; cinco munições 762; um carregador para carabina magal .30 e três carregadores para calibre .556.

A operação de busca aos assaltantes foi efetuada por policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em conjunto com policiais militares da Companhia de Operações Especiais (COE). Segundo o delegado Fausto Bulcão, assim que foi informado o roubo à agência bancária, ocorrido no último dia 8, os agentes foram deslocados de imediato ao município para iniciar as investigações com objetivo de capturar os bandidos.

Os agentes fizeram buscas de informações com testemunhas e por meio de imagens no banco. Durante o levantamento, as equipes de policiais civis chegaram até um terreno, localizado em área de difícil acesso na zona rural de Nova Esperança do Piriá, onde os criminosos estavam acampados. No momento da abordagem, os agentes foram recebidos a tiros disparados por dois suspeitos escondidos e revidaram. Baleados, os dois homens foram socorridos, mas não resistiram.

O delegado Fausto Bulcão informa que as investigações continuam para identificar os demais envolvidos nos crimes e desarticular o grupo. “Os armamentos aprendidos, junto com as munições, serão atrelados ao inquérito policial e encaminhados ao Poder Judiciário para que, posteriormente, os armamentos sejam encaminhados ao Exército Brasileiro para a destruição”, ressalta. 



Conhecer para Prevenir


Já o delegado Sérvulo Cabral afirma que a Polícia Civil vem trabalhando cada vez mais para aumentar o nível de conhecimento e informação para prevenir esse tipo de assalto a banco, no interior do Estado. "O resultado apresentado, por meio desta ação policial, já demonstra a preocupação e atenção a esses fatos criminosos", salienta.

Cabral completa afirmando que este é um resultado positivo, visto que os autores foram identificados em menos de uma semana. “Hoje a Polícia tem a apreensão de todo um arsenal desse grupo criminoso. O coração de uma organização criminosa desse nível é o armamento, já o componente do grupo criminoso, uma vez morto, em confronto com a polícia, é substituído, o que não acontece facilmente com o armamento”, concluiu o delegado.

(Com informações e imagens de Walrimar Santos/Ascom-PC)

Nenhum comentário:

Postar um comentário