O protesto começou nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (18), no km 23 na PA 279.
A decisão de suspender as atividades da Onça Puma foi tomada pela Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) na última sexta-feira (1º) e ocorre em meio às consequências do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora em Brumadinho (MG).
A mineradora Onça Puma, subsidiária da Vale que explora uma mina de níquel no município de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará, luta na Justiça contra o Ministério Público Federal (MPF), que alega a ocorrência de danos causados pela atividade mineradora sobre os índios Xikrin e Kayapó. Mais de 150 indígenas acompanharam o julgamento em Brasília.
Enquanto não cumprir as obrigações da licença ambiental relativas aos indígenas, a Onça Puma deverá ficar paralisada e pagar compensações que foram arbitradas em um salário mínimo por indígena afetado, a partir de setembro de 2016. Como a Vale recorreu da decisão e perdeu, deve aos indígenas cerca de R$ 50 milhões, referentes ao período em que deixou de pagar os valores.
A manifestação pela retomada das atividades está sendo coordenada pela Associação Comercial de Ourilândia do Norte, que exige a reabertura dos trabalhos da Onça Puma, da mineradora Vale, no município. “Sempre cobramos responsabilidade social e ambiental da empresa Vale, e isso sempre veio sendo atendido pela empresa. Por conta disso, precisamos que a empresa não seja fechada, pois, laudos periciais provam que as acusações contra ela não são verdadeiras”, diz o presidente da Associação, Mauri Becker.
A Vale se manifestou em nota sobre a decisão que embargou as operações da Onça Puma. Diz que está tomando todas as medidas judicias cabíveis para voltar a operar a planta de níquel e que os laudos que apresentou comprovam que a mineradora não é responsável por eventuais danos ambientais detectados no rio Cateté.
A Vale se manifestou em nota sobre a decisão que embargou as operações da Onça Puma. Diz que está tomando todas as medidas judicias cabíveis para voltar a operar a planta de níquel e que os laudos que apresentou comprovam que a mineradora não é responsável por eventuais danos ambientais detectados no rio Cateté.
Segue a íntegra da nota da Vale.
Os 07 (sete) laudos periciais realizados por técnicos nas áreas de biologia, engenharia civil, sociologia, geologia, agronomia, metalurgia e engenharia florestal, nomeados pelo Juiz de Redenção, comprovaram que a atividade de mineração não tem qualquer relação com a eventual contaminação do rio Cateté.
A Vale reforça, ainda, que o empreendimento de Onça Puma está devidamente licenciado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), com atendimento de todas as condicionantes estabelecidas pelo órgão ambiental.
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