18 de fevereiro de 2019

Estratégia da Polícia Civil começa a dar resultados. 230 prisões em 15 dias no interior do Pará. Aumenta taxa de resolução de homicídios



Aos poucos vai ficando clara a estratégia de combate ao crime estabelecida pelo delegado-geral de Polícia Civil do Pará, Alberto Teixeira (na foto acima) e seus colaboradores nas diretorias da Polícia Civil. A ideia de Teixeira se baseia em ações coordenadas de prevenção com uso do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) e no cumprimento de mandados judiciais de prisão e busca e apreensão, geralmente com o uso de várias equipes de diversas divisões, tendo o suporte do Grupo de Pronto Emprego, a força de elite da Polícia Civil, e com a colaboração da Polícia Militar. Nos primeiros quinze dias de fevereiro, só no interior do Estado, foram mais de 230 prisões. Ao todo, de 1º de janeiro até 15 de fevereiro, já foram realizadas 304 operações policiais, com 473 prisões efetivadas. Um recorde. Detalhe importante: em apenas uma das operações houve confronto entre policiais e bandidos.



Por outro lado, a taxa de resolutividade dos crimes parece estar aumentando. Cada crime cometido e não elucidado gera uma enorme sensação de impunidade entre os criminosos e de absoluta insegurança entre a população. A Polícia Civil vinha amargando resultados não tão bons ao longo dos últimos anos, mas aos poucos esse cenário começa a mudar. Tome-se como exemplo Santarém. Ali foram cometidos oito homicídios entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro. Sete desses assassinatos foram elucidados e seus autores foram presos ou devidamente identificados e estão sendo caçados pela polícia.

É claro que ainda é cedo para comemorar ou mesmo cravar que se trata de uma tendência, mas o começo da gestão de Alberto Teixeira é uma das boas novidades trazidas pelo governo de Helder Barbalho. Desde a escolha de Teixeira para o cargo, pessoas ligadas à área da segurança pública especulavam que mudanças de comportamento seriam incentivadas. Mas, poucos apostavam que os resultados apareceriam em tão pouco tempo.



Na segurança pública, cabe à Polícia Militar o papel ostensivo, com rondas constantes e capacidade de reação rápida diante de crimes que estejam sendo cometidos e isso pode ser aferido pelos números apresentados no final de janeiro que apontaram a redução de homicídios em todo o Pará. Além disso, furtos, roubos e latrocínios (roubo seguido de morte), também diminuíram. Sem dúvida que as operações chamadas de "saturação", aquelas nas quais as forças de segurança ocupam áreas consideradas notoriamente violentas, vem surtindo resultado.

Por outro lado, cabe à Polícia Civil prevenir os crimes desarticulando quadrilhas e combatendo o crime organizado, além de identificar e prender aquele que comete crime que não foi possível evitar. E neste aspecto a "estratégia Alberto Teixeira" parece já ter sido muito bem assimilada por delegados e investigadores. Exemplo disso é a atuação da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca). Em Marabá. por exemplo, ao mesmo tempo em que prendeu os líderes de uma das mais temidas milícias do Sul do Pará, a Deca também prendeu invasores de terra e conseguiu a desocupação de diversas fazendas, além de combater a extração ilegal de madeira na região. Mais uma vez, a Polícia Civil agiu dentro da lei, sem precisar violar direitos e sem contabilizar mortos ou feridos.



Na única operação em que foi preciso empregar a força, isso foi feito de forma a não deixar dúvidas sobre a disposição e poder de fogo da Polícia Civil. A operação Ares, articulada por diversos departamentos da PC, foi fruto de investigação e da atuação dos serviços de inteligência. Os criminosos se preparavam para assaltar agências bancárias na região de Acará, às proximidades de Belém. Foram monitorados por dez dias e, no momento certo, cercados. Tomaram a decisão errada: reagiram. Sete morreram na ação. Nenhum policial ficou ferido. Nenhuma reclamação de "força excessiva" se ouviu. Os policias civis foram, corretamente, congratulados pelo governador.

Como se disse antes, talvez seja cedo para festejar, mas mesmo os mais críticos ao governo haverão de concordar que tem sido um bom começo de trabalho e que, até aqui, a "estratégia Alberto Teixeira" está apresentando bons resultados.

ERRAMOS:
Os números de operações e prisões informados estavam defasados. Na verdade, foram 304 operações que resultaram em 473 prisões. Já corrigimos no corpo da matéria.

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