Dos 39 alvos da operação, 14 já estavam presos e receberam a notificação dos novos mandados dentro da prisão. Até as 11h, outros 19 que estavam nas ruas foram presos na operação, além de um 20º, detido em flagrante. Outros cinco ainda são procurados. Os nomes dos suspeitos não foram revelados ainda.
Os suspeitos teriam ligação com a movimentação financeira da facção, com a comunicação entre membros do próprio PCC (presos ou em liberdade), além de organizarem o tráfico de drogas --inclusive no Paraguai-- e de terem participação em "tribunais do crime", em que os criminosos julgam e eventualmente condenam pessoas à morte.
Segunda a Polícia Civil, a ação "desarticula a célula que se intitula 'sintonia geral da fora do ar dos estados". A operação da leva o nome "Transponder", equipamento de comunicação usado em aviões e radares. Cartas apreendidas em presídios da região oeste do estado serviram de base a uma investigação de três meses antes dos agentes irem às ruas nesta quinta-feira.
Este é apenas um dos diversos núcleos mantidos pelo PCC, que costuma se dividir em diversas etapas, como, por exemplo: o núcleo jurídico, com a ajuda de advogados; o núcleo de RH, que administra quem está devendo para o PCC; o de transporte, que leva familiares aos presídios do interior; além das sintonias distritais, que administram o tráfico de drogas em diferentes estados.
A partir de fragmentos de manuscritos apreendidos na região de Presidente Prudente (SP), a inteligência da Polícia Civil reuniu as informações e revelou que integrantes da organização criminosa estariam comandando ações, inclusive em outros estados, a partir da penitenciária Ozias Lúcio dos Santos, de Pacaembu (SP), com ligações com as penitenciárias de Junqueirópolis e Martinópolis.
A investigação revelou o envolvimento de até 65 membros do PCC na capital, interior e litoral paulista. "O maior número de prisões de pessoas (que coordenam o crime na rua) ocorre em Presidente Prudente, interior paulista, onde serão cumpridos 11 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão", complementou a polícia. A operação ocorreu nos 22 municípios de São Paulo - Andradina, Aparecida, Caiuá, Flórida Paulista, Guarulhos, Irapuru, Itapevi, Jandira, Junqueirópolis, Martinópolis, Mirassol, Mongaguá, Pacaembu, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, São José do Rio Pardo, São Paulo Sorocaba, Taboão da Serra e Teodoro Sampaio.
Além das prisões, a polícia diz que sua investigação alcançará bens e bloqueará quantias em todas as contas bancárias vinculadas a 47 integrantes da organização, "que movimentam diariamente valores provenientes da atividade criminosa". A operação ocorreu com apoio do MP (Ministério Público) e da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), que realizou a revista nas celas dos suspeitos.
A investigação é semelhante à Echelon, que revelou a ampliação da atividade do PCC para outros estados e países, em julho do ano passado.
(Com informações do Uol)
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