Não deixa de ter seu lado cômico o esforço da Administração Municipal de Marabá para "mostrar serviço" nesta reta final de mandato.
Aproveitando as inserções derivadas da propaganda partidária semestral, Maurino Magalhães foi ao ar com o slogan "primeiro a gente faz, depois a gente mostra".
Deve ser o quarto ou quinto lema desta administração. Comentando ontem este fato com um velho amigo, ouvi que o problema da administração de Maurino não é o "lema", mas quem está "no leme"! Faz sentido...
Mas, voltando ao programinha de Maurino, o nó da questão está na distância óbvia entre a propaganda e a realidade. A maioria das obras estão por fazer. Isso, por si só, já desmonta as peças publicitárias.
Imagine como se sente o motorista preso em um engarrafamento "paulistano" de mais de 2 horas, causado pela incompetência de quem revestiu a "nova ponte" com o incrível concreto que esfarela!
Ou a imagem de meia dúzia de operários cavando alguns buracos onde deverá ser construída a UPA.
Ou ainda as obras do estádio municipal, cuja inauguração prevista para junho parece cada vez mais improvável.
Sobre o estádio cabe algumas palavras.
Em primeiro lugar, este atraso pode causar grande prejuízo ao brioso Águia de Marabá, que disputará a série C do Brasileirão. João Salame dia desses já alertou para a possibilidade dos jogos do Águia serem disputados em municípios vizinhos como Parauapebas ou até mesmo em Belém. A CBF pode vetar o "Zinho Oliveira" e assim o Azulão terá que procurar outro ninho. Uma vergonha.
Além disso, a capacidade de 20 mil pagantes somente será alcançada quando TODA a obra for concluída. Até agora só há recursos para a primeira fase, com arquibancadas laterais, que dará ao estádio capacidade para não mais que 12 mil espectadores.
Por fim, ouvi de um dos responsáveis pela obra, que junho é um prazo muito apertado. O correto seria entregar a primeira fase em dezembro.
Veremos como a trama vai desenrolar-se.
Tenho muito receio de obras feitas "à toque de caixa" para satisfazer pretensões eleitorais (ou eleitoreiras). É bom lembrar que vidas humanas estão envolvidas nesta equação.
Lembro que a ansiedade de Edmilson Rodrigues em entregar um "túnel" em Belém fez com que, até hoje, o "buraco do Edmilson", no Entroncamento, inunde durante qualquer chuva mais forte.
Mas, definitivamente este novo slogan de Maurino precisa de adaptações. Sendo verdade que "primeiro faz" para depois mostrar, é melhor mostrar rápido antes que as obras, tal qual o "nova ponte", derretam ao sol de Marabá.
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