Como junho, o mês das convenções partidárias, se aproxima aumenta a intensidade das negociações nos municípios visando a definição das alianças para as eleições deste ano.
Em Parauapebas, o PT de Darci, que terá José das Dores Couto como candidato à prefeito, apesar de já contar com uma dezena de partidos na base aliada, corre atrás do PMDB, esta noivinha cobiçada por todos. Algumas sondagens já aconteceram e Bel Mesquita, uma das principais lideranças do PMDB na região e cotada para disputar novamente a prefeitura de Parauapebas, terá cerca de 30 dias para decidir se deixa o cargo federal que ocupa para arriscar-se na disputa encardida que sempre carateriza a eleição do prefeito de Parauapebas.
Acredito que será difícil Bel deixar o cargo que ocupa. Com Jader no Senado e aproveitando a visibilidade que o cargo de secretária nacional de políticas do Ministério do Turismo oferece, Bel pode encaminhar uma eleição à Câmara Federal relativamente tranquila em 2014. Por outro lado, o PMDB de Parauapebas está um tanto longe de mostrar-se unificado nestas eleições. Três grupos aparecem com representatividade na legenda e pelo menos um deles tem óbvias ligações com o governo petista de Parauapebas. Uma avaliação parecida fazem algumas lideranças petistas e esperam com ela convencer Bel a desistir da candidatura própria e apoiar a chapa petista.
A articulação em torno de Valmir Mariano também espera uma deixa para ter um tête-a-tête com Bel. Pode oferecer a ela e ao PMDB espaço no futuro governo e apoio a sua candidatura nas eleições de 14.
Valmir, favorito até aqui para vencer as eleições, andou complicando-se com uma escolha precoce e um tanto atrapalhada de seu vice. José Rinaldo (PSDB) chegou a ser lançado como o nome para formar a chapa com Valmir, mas a coisa não foi bem digerida pelos partidos aliados e foi preciso repensar a estratégia. Parece que as coisas voltaram para os respectivos lugares e agora todos os partidos que já fecharam com Valmir e aqueles que ainda fecharão podem manter a esperança de participar da chapa majoritária.
Como se vê, maio, antes conhecido como mês das flores e das noivas, tornou-se o "mês das articulações".
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