Uma comitiva formada por deputados federais ligados à região de Carajás reuniu-se hoje (4), durante toda a manhã no auditório do Campus I da Universidade Federal do Pará, em Marabá para discutir a tramitação do projeto de lei que cria a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
Dezenas de estudantes vindos de Parauapebas, além de professores e acadêmicos de Marabá, participaram do evento.
Claudio Puty (PT), Wandenkolk Gonçalves (PSDB) e Miriquinho Batista (PT), além do ex-deputado federal Paulo Rocha e do Reitor da UFPa, Sérgio Maneschi, debateram com estudantes, professores e autoridades estaduais e municipais como se dará a efetivação da novo universidade.
Luiz Carlos Pies (PT) e João Salame Neto (PPS) também participaram da discussão. A questão da qualificação superior na região de Carajás tem sido uma preocupação constante no discurso dos dois pré-candidatos a prefeito de Marabá, que deverão dedicar parte do programa de governo para tratar a matéria.
No centro da discussão, dois assuntos mobilizam a comunidade acadêmica da região.
Em primeiro lugar, a exclusão de Parauapebas como sede de um dos campi da Unifesspa é motivo de intensa crítica por parte de estudantes e professores. Depois de ser confirmado pelo Ministério da Educação, o campus de Parauapebas foi retirado da proposta enviada ao Congresso.
Parlamentares paraenses como Claudio Puty e Wnadenkolk Gonçalves mobilizaram-se e trataram de apresentar emenda ao projeto de lei para incluir Parauapebas. Hoje, segundo as palavras do deputado Miriquinho Batista (PT), relator do projeto de lei, a inclusão de Parauapebas já é consenso entre os membros da comissão.
Por outro lado, Puty e Wandenkolk comprometeram-se em alocar recursos para garantir a viabilidade da nova instituição que deverá resultar do desmembramento da UFPa, incorporando tanto pessoal técnico-administrativo e docentes, quanto o patrimônio localizado em sua área de abrangência.
A segunda discussão diz respeito ao caráter da nova universidade. Docentes e alunos dizem que a Unifesspa não pode tornar-se uma "outra UFPa". Com isso querem dizer que a Unifesspa não pode repetir os baixos índices de pesquisa e extensão universitária apresentados pela UFPa.
Ocorre que pesquisa universitária de qualidade demanda recursos que hoje não estão disponíveis para instituições de ensino. Puty lembrou que, em oito anos, o investimento em educação saltou de 2,78% para 5,6%. Ele reconheceu que os valores investidos ainda estão longe dos 10% defendidos pelos movimentos de professores e estudantes, mas garante que este ano este percentual será novamente elevado para aproximá-lo do ideal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário