Ouvidorias agrárias nacional e do Tribunal de Justiça do Pará promoveram em Altamira, a partir desta quarta-feira (9), reuniões da Comissão de Combate à Violência no Campo. O objetivo é fazer um levantamento de informações, onde se evidencia a grilagem no Pará e denunciar às autoridades.
Entre os participantes da reunião estão o ouvidor agrário do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargador aposentado Otávio Marcelino Maciel, representantes da sociedade dos Direitos Humanos e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Segundo o coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Pará, padre Paulo Joanil da Silva, o número de assassinatos no campo diminuiu em 4, mas houve um aumento de 15% no número de conflitos. A Amazônia representa 70% dos conflitos no campo em todo país.
“Há uma indústria implantada da grilagem, movida por diferentes interesses, com os grandes projetos de mineração, carvão vegetal, ganhando campo muito amplo de invasão e desrespeitando o próprio meio ambiente”, afirma o coordenador da CPT.
Ainda segundo o padre, estes interesses é que geram a violência no campo, como o que vitimou o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, há um ano. O padre cita ainda a importância em denunciar estes casos para combater a violência. Ele lembra que existe uma lista de trabalhadores rurais marcados para morrer, como uma diretora do sindicato dos trabalhadores rurais de Rondon do Pará, que é uma das poucas que está sob proteção.
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