13 de maio de 2012

Acusado de chacina morto em acidente aéreo é enterrado em Goiás

O corpo de Aparecido de Souza Paes, de 22 anos, foi enterrado na manhã deste domingo (13), no Cemitério Municipal de Caiapônia (GO), a cerca de 334 quilômetros de Goiânia. O jovem de 22 anos, que é o principal suspeito da maior chacina ocorrida em Goiás, morreu na última terça-feira (8) na queda do helicóptero da Polícia Civil, que também tirou a vida de cinco delegados e dois peritos criminais.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Aparecido foi retirado do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia durante a madrugada do sábado (12). Ele foi levado para Caiapônia, pois, os familiares dele moram no município.
Aparecido confessou ser o autor da chacina em uma fazenda, onde sete pessoas morreram degoladas. O suspeito apresentou versões divergentes para o crime, segundo a polícia. Algumas vezes falava que teve ajuda para cometer os homicídios. Em outras, afirmava ter agido sozinho.Mãe do jovem, a lavradora Ilda Aparecida de Souza Paes, de 42 anos, concedeu uma entrevista à TV Anhanguera na última semana, onde declarou temer uma vingança por parte das famílias das vítimas da chacina. Ela também disse que o filho não agiu sozinho.
Na manhã de sábado, familiares enterraram três policiais vítimas da tragédia. O velório e sepultamento do delegado Bruno Carneiro, copiloto da aeronave, foram realizados no Cemitério Santana, em Goiânia. Os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva, que eram primos, tiveram o enterro no Cemitério Municipal de Acreúna.
Antes deles, os enterros dos delegados Antônio Gonçalves e Jorge Moreira aconteceram no início da noite de sexta-feira (11). Eles foram velados juntos. Jorge Moreira foi sepultado no Cemitério Parque e de Antônio Gonçalves no Jardim das Palmeiras, ambos na capital.
O sepultamento do delegado Osvalmir Carrasco Melati Júnior, de 37 anos, piloto do helicóptero, aconteceu na tarde de sexta-feira (11). Primeiro a ser identificado, o corpo do delegado Vinícius Batista Silva foi sepultado na tarde de quarta-feira (9), no Cemitério Jardim das Palmeiras.
As oito vítimas estavam no helicóptero da Polícia Civil, retornando de Doverlândia para Goiânia após o segundo dia de reconstituição da chacina quando aconteceu o acidente. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que abrirá um inquérito civil para investigar a queda da aeronave.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) recolheu peças e documentos do helicóptero para dar início ao processo de investigação das possíveis causas que provocaram a queda da aeronave. Segundo o delegado-adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DEIH), Alexandre Lourenço, a revisão prevista para as 300 horas de voo foi feita no fim de semana, documentada e entregue ao Cenipa.
A empresa Fênix, responsável pela manutenção dos helicópteros da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), teve as atividades suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no dia 2 de maio por falta de documentos, ferramentas e até mecânicos capacitados para realizar o serviço. Segundo a Anac, se ficar comprovado a manutenção do helicóptero pela Fenix, será aberto um processo administrativo contra a empresa, que poderá ser punida com multas e até perder a autorização para a realização desses trabalhos. (Com informações do G1)

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