11 de fevereiro de 2012
Itaú/Unibanco afirma em nota que manterá portas giratórias no Pará
Ao contrário do que vai ocorrer em todo o País, o Itaú Unibanco não vai retirar as portas giratórias com detectores de metais de suas agências bancárias no Pará. A informação foi dada, ontem à tarde, pelo diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará, Sandro Mattos. Ontem, foi divulgada a informação de que o Itaú Unibanco vai retirar as portas giratórias com detectores de metais de suas agências em todo o País. O equipamento será mantido apenas em locais onde houver lei municipal ou estadual obrigando a manutenção ou onde a equipe de segurança do banco julgar necessário.Em nota, o banco afirmou que a retirada do equipamento faz parte de um processo que começou após a fusão entre as duas instituições, concluída em 2010. "A migração das agências Unibanco para o modelo Itaú contemplou também uma mudança de layout, que buscava mais proximidade e transparência no atendimento ao cliente. Além da ausência da porta giratória, os clientes perceberam mudanças na distribuição de senhas, mobiliário e espaços de atendimento", informa a nota, segundo o G1. Ainda segundo a instituição, mesmo sem as portas giratórias, que foram substituídas por outros mecanismos, as novas unidades mantiveram o nível de segurança oferecido anteriormente.
Sandro Mattos entrou em contato com a superitendência do Itaú. Ele explicou que haviam quatro agências desse banco, no Estado, sem portas giratórias. O sindicato, então, cobrou da instituição o cumprimento da lei estadual 7.013, de 2007, que tornou obrigatória a instalação desses equipamentos. E o Itaú colocou as portas em suas unidades de Santarém e em Marituba, no ano passado. "A agência de Santarém funcionava havia três anos sem a porta giratória. Em Marituba, fechamos a agência durante dois dias, não deixamos ninguém entrar. E aí, o banco, também colocou a porta lá", afirmou.
Ainda de acordo com Sandro Mattos, o Itaú também irá instalar, até julho deste ano, portas giratórias nas duas agências que não têm esse equipamento no Estado. "Eles vão manter, no Pará, por causa da lei estadual e das cobranças do sindicato", disse, acrescentando que a entidade já recorreu ao Ministério Público do Estado para que os bancos cumpram a lei estadual. Ao defender a instalação desses equipamentos, o diretor jurídico afirmou que os mecanismos de segurança existentes nas agências são precários. "Qualquer mecanismo que você coloque a mais será provavelmente um mecanismo de impedimento. Há bandidos que fazem da facilidade sua atuação. E há outros que fazem um estudo prévio antes. Não só lutamos para a instalação de portas giratórias, mas, também, para que elas instaladas na entrada da agência", afirmou.
O sindicato considera como agência aquele espaço onde ficam os caixas eletrônicos. "As agências instalam suas portas giratórias após o caixa eletrônico. No Banpará, nós conseguimos isso (para se chegar aos caixas eletrônicos, é preciso passar por uma porta de segurança)". De acordo com o diretor jurídico, tal providência reduziu, no Banpará, a modalidade criminosa em que os clientes são assaltados após sacar o dinheiro e deixar o banco. "Os bandidos iam para o caixa eletrônico e ficavam esperando o cliente sacar o dinheiro e o assaltavam na saída", afirmou.
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