A edição da revista Veja que chega às bancas hoje (11), traz uma daquelas reportagens que de tão bombásticas corre o risco de parecer inverossímil. Num enredo digno de filme hollywoodiano, mistura-se sexo, poder e corrupção em doses cavalares. Esta é a história que liga Christiane Araújo de Oliveira (acima) ao todo-poderoso Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, ao atual ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli e à presidente Dilma Rousseff.
Sendo verdade a metade do que ali vai exposto, seria o caso de derrubar-se metade da República.
A bela advogada teria sido a ponte que ligava o mega-corrupto Durval Barbosa, pivô do escândalo que derrubou José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, à cúpula do Partido dos Trabalhadores. Através de Christiane, Gilberto Carvalho teve acesso à escutas clandestinas e vídeos que incriminavam adversários políticos do PT e Dias Toffoli, apontado como amante de Christiane, lhe favorecia com informações e acessos privilegiados às mais altas rodas do Poder. Os encontros amorosos com Toffoli, segundo Christiane, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações.
Christiane participou do grupo montado por Gilberto Carvalho responsável por aproximar Dilma dos círculos evangélicos (como se vê na reportagem, Christiane é filha de um pastor muito conhecido entre os políticos petistas) e integrou a equipe de transição de Dilma.
Entre as vantagens auferidas por Christiane, graças à proximidade com figurões da República, está a nomeação de Leonardo Bandarra como chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido com a intermediação de Gilberto Carvalho, que à época ocupava o cargo de chefe de gabinete de Lula. Bandarra era também um ativo membro da máfia brasiliense e hoje responde a cinco ações na Justiça, depois de ter sido exonerado.
Dias Toffoli e Gilberto Carvalho negam qualquer envolvimento com Christiane Araújo. A bela advogada mafiosa sumiu de Brasília e há meses não é mais vista.
Mas, todo o seu depoimento está registrado em oito horas de áudio e vídeo gravados pela Polícia Federal e por um procurador da República. Deveriam ter sido anexados aos autos da chamada Operação Caixa de Pandora. Deveriam. Mas não foram. A revista e todos nós somos obrigados a perguntar: "Por que?"
Aqui o link para matéria de Veja.
Ministro do STF não deve ter REPUTAÇÂO ILIBADA?
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