Os camisas-vermelhas estão perdendo a paciência com Dilma |
Andam cada vez mais azedas as relações entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Governo Dilma. O MST cobra da presidente metas para novos assentamentos e Dilma não quer nem ouvir falar nisso.
O discurso do Governo fala em "tornar mais produtivos" os cerca de 9 mil assentamentos já existentes, mas um relatório do próprio INCRA deve aumentar o azedume. Segundo o documento produzido pela Diretoria de Gestão Estratégica do órgão e distribuído esta semana, dos R$ 159 milhões destinados no Orçamento deste ano para obras de infraestrutura nos assentamentos, até agosto só haviam sido gastos R$ 16 milhões, o que representa apenas 10% do total. Aí estão incluídos, entre outros, serviços como estradas para escoamento da produção e abastecimento de água.
O caso do crédito destinado à instalação das famílias nos lotes mostra um quadro triste. De acordo com o planejamento, neste ano seriam gastos R$ 900 milhões e a maior parte do dinheiro iria para a construção de moradias. Mas até o final de agosto só foram empenhados R$ 204 milhões, ou 22,7% do previsto. Do total de verbas destinadas para a solução de problemas de licenciamento ambiental, o governo gastou 17,7 % do orçamento de R$ 10 milhões.
Isso explica, sem justificar, porque aqui no Sul do Pará, famílias retiradas de terras invadidas e ainda não assentadas estão precariamente alojadas e vivem em condições sub-humanas. Segundo o MST, em todo o país 140 mil famílias aguardam para serem assentadas.
Para contratos de serviços de assistência técnica, o governo destinou R$ 146 milhões. Até agosto os contratos em andamento totalizavam R$ 72 milhões. Esse volume, equivalente a 49,6% do total, é maior que a média do setor e aparentemente razoável. Mas só aparentemente, porque 13 das 30 superintendências regionais informaram que até agosto ainda não haviam empenhado nenhum centavo na contratação de serviços de assistência. As de São Paulo e Mato Grosso faziam parte do grupo.
A Coordenação Nacional dos Movimento dos Sem-Terra (MST) em nota observou: "O ano de 2011 vai entrar para a história como mais um ano perdido para a Reforma Agrária. A lentidão para o assentamento das famílias acampadas e para a execução de políticas para fortalecer os assentamentos é uma vergonha para um governo que tem como meta acabar com a pobreza no Brasil".
Para contratos de serviços de assistência técnica, o governo destinou R$ 146 milhões. Até agosto os contratos em andamento totalizavam R$ 72 milhões. Esse volume, equivalente a 49,6% do total, é maior que a média do setor e aparentemente razoável. Mas só aparentemente, porque 13 das 30 superintendências regionais informaram que até agosto ainda não haviam empenhado nenhum centavo na contratação de serviços de assistência. As de São Paulo e Mato Grosso faziam parte do grupo.
A Coordenação Nacional dos Movimento dos Sem-Terra (MST) em nota observou: "O ano de 2011 vai entrar para a história como mais um ano perdido para a Reforma Agrária. A lentidão para o assentamento das famílias acampadas e para a execução de políticas para fortalecer os assentamentos é uma vergonha para um governo que tem como meta acabar com a pobreza no Brasil".
Como dizem por aqui, dá teus pulos, Dilma!
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