13 de março de 2019

Polícia Civil terá acesso a sistemas de identificação criminal utilizados pela Polícia Federal



A Secretaria de Segurança Pública (Segup), do Pará e a Polícia Federal estão costurando um acordo que deve garantir à Polícia Civil paraense acesso a diversos dos serviços e programas já utilizados pela PF. Uma reunião de trabalho entre representantes da Segup e da PF, ocorrida na manhã desta terça-feira (13), em Belém, alinhavou os termos mais gerais da parceria e a expectativa é que dentro de 30 dias o acordo de cooperação técnica seja assinado.



A ideia defendida pelo secretário de Segurança Pública, Ualame Machado (ao centro, na foto acima), é que seja estabelecido um fluxo de troca de informações e compartilhamento de tecnologia entre a PC e a PF que envolva o desenvolvimento e gerenciamento de sistemas de dados, além de garantir a transferência de tecnologia e conhecimentos entre as duas instituições.

Segundo a Segup, sistemas como o Automated Fingerprint Identification System (AFIS), Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais, onde ficam registradas todas as impressões digitais e qualificações civil e criminal de pessoas, são fundamentais para acelerar investigações

“Isso vai facilitar e muito as nossas investigações, proporcionando um trabalho mais técnico e inteligente. Nós vamos ter um grande acréscimo para a solução dos casos que hoje estão sob investigação na Polícia Civil (PC), principalmente por conta da técnica que será aplicada. A previsão é que o acordo seja formalizado o mais rápido possível, possivelmente em um mês”, disse o secretário de segurança pública, Ualame Machado, à reportagem da Agência Pará.



Brasílio Caldeira Brantes (à esquerda do secretário Ualame Machado, na foto acima), diretor do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal em Brasília (INIPF), esteve presente à reunião e citou alguns dos sistemas que serão compartilhados e assegurou que todos ganham com a troca. “Entre os sistemas de inteligência que o Pará terá acesso estão o Sistema Nacional de Identificação Criminal, o Sistema de Retratos Falados, o Sistema de Identificação de Cadáveres, entre outros. Em contrapartida, a Segup fornece à PF acessos aos sistemas do Estado. É uma troca, na qual o maior ganhador, na verdade, é a sociedade”, avaliou o diretor.

Em princípio, a Polícia Civil será o órgão responsável pela troca de informações e tecnologias com a PF, devido estar à frente das investigações e dispor das informações dos registros de identidade e identificação criminal.

O acordo prevê, ainda, o treinamento para as pessoas que irão utilizar as ferramentas; o desenvolvimento em conjunto de novas tecnologias; e a troca de informação para a extração, análise e difusão de sistemas de dados de informação; bem como o planejamento e o desenvolvimento institucional.

Também participaram da reunião, o chefe da divisão de identificação criminal do INIPF, Ricardo Soares; O Superintendente da PF em Belém, Augusto Pimentel; o chefe do setor de identificação da PF no Pará, Luiz Augusto Carvalho; o papiloscopista da PF em Belém, Américo Lozich; o papiloscopista do INIPF, Gabriel Ângelo; o delegado-geral adjunto da PC, Dilermano Tavares; a titular da Diretoria de Identificação da PC, Célia Cordeiro; a diretora de manutenção e estatística da PC, Maria Pepétua Picanço; o delegado da PF, Rômulo Rodovalho; o secretário adjunto de operações da Segup, Luciano de Oliveira; e o titular da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal da Segup, André Costa.

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