Com mais de 2.500 casos registrados, o câncer de colo de útero supera até mesmo o câncer de mama, que tem 2.200 casos registrados, no Pará. Em 2016, 350 mulheres paraenses morreram em função do câncer de colo de útero. 346 morreram em 2017 e, em 2018, foram 321 paraenses vitimadas pela doença.
Para combater este tipo de câncer, a Sespa lançou nesta segunda-feira (11), a Campanha “Março Lilás Por Todo o Pará – Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero”. A campanha pretende engajar todas as Secretarias Municipais de Saúde para que realizem a chamada busca ativa de mulheres na faixa etária definida, para realização de exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU), conhecido como exame "Papanicolau", melhor ferramenta para diagnosticar o câncer de forma precoce.
Em 2018, durante o governo de Simão Jatene, a Sespa fracassou ao tentar alcançar a meta mínima de exames Papanicolau. Nada menos que 100 mil exames deixaram de ser feitos.
Além disso, haverá o estímulo à vacinação contra HPV e a realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer do colo de útero, por meio de consultas especializadas, colposcopias, biópsias e cirurgias para extirpar as chamadas "zonas de transformação do colo do útero".
Algumas unidades regionais já programaram atividades na campanha. Em Belém, por exemplo, 100 mulheres serão atendidas na Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente (Uremia). Outras 60 mulheres receberão tratamento no Hospital Regional de Breves (HRB). Além disso já estão programadas 10 cirurgias de câncer do colo do útero no Hospital Regional Público do Leste em Paragominas e 30 cirurgias ginecológicas no Hospital de Ipixuna.
O Pará tem a meta de realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero. Para isso, a campanha visa, especialmente, incentivar as Secretarias Municipais de Saúde, para que façam a busca ativa das mulheres que nunca fizeram o exame ou estão há três anos sem fazê-lo; a ampliação da oferta do PCCU; e a melhoria na qualidade do exame citopatológico. A ideia é alcançar 40% do indicador de saúde 11 da Pactuação Interfederativa de Saúde, documento que estabelece os objetivos a serem alcançados entre os anos de 2017 e 2021.
(Com informações da Sespa, SUS e MS)
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