O vereador Rafael Ribeiro (MDB), de Parauapebas, vai apresentar nesta terça-feira (12), na sessão ordinária da Câmara Municipal, o pedido para que seja realizado o 2º Diagnóstico Municipal da Juventude na cidade. O estudo deverá servir como base para o direcionamento de programas e projetos específicos para a população entre 15 e 29 anos, bem como avaliar o alcance e a eficácia das políticas para juventude desenvolvidas até hoje em Parauapebas.
Em sua manifestação, Rafael Ribeiro aponta que é necessário apurar a situação atual dos jovens em Parauapebas até para seguir investindo em programas que estão dando certo e recalibrar ou até substituir aqueles que não estão apresentando resultados satisfatórios.
De fato, já se passaram quase nove anos desde o primeiro diagnóstico, realizado ainda no segundo mandato do atual prefeito Darci Lermen. A partir daquele estudo, foram fixadas diretrizes e estabelecidas metas que agora precisam ser aferidas.
A questão do atendimento setorial à juventude ganha um sentido de certa urgência em Parauapebas. Em recente entrevista a este site, o vereador Rafael Ribeiro pontuou algumas questões que precisam, realmente, ser ponderadas.
Números Justificam Pedido
Os números reunidos por Rafael Ribeiro mostram que perto de 53% da população tem entre 16 e 34 anos. Bastaria isso para justificar uma atenção especial ao segmento. Ocorre que outro recorte faz a coisa ganhar certa dramaticidade. 90% dos presos na cadeia pública de Parauapebas são jovens, entre 18 e 29 anos. Uma rápida leitura na crônica policial da cidade mostra que são justamente os mais jovens que matam e que morrem em maior quantidade na cidade.
Rafael costuma associar a alta taxa de criminalidade - e de mortes e encarceramento - entre os jovens, à questão da educação e da qualificação profissional. "Sem ver oportunidades para se desenvolver, sem chances no mercado de trabalho, muitos garotos e garotas acabam sendo presas fáceis para a criminalidade. A chance de dinheiro fácil e de acesso a certos bens de consumo, oferecida pelo crime, é quase irresistível para quem não vê nenhuma luz no fim do túnel", disse o vereador ao site.
A ideia de realizar um novo diagnóstico, atualizando índices e dados e avaliando com mais precisão os efeitos das políticas públicas até aqui desenvolvidas em Parauapebas, acompanha Rafael Ribeiro desde sua passagem pela Coordenadoria Municipal de Juventude (CMJ). Em 2017, o segundo diagnóstico chegou a entrar no planejamento municipal, mas diversos entraves burocráticos acabaram por adiar a execução do projeto.
Agora, Rafael Ribeiro entende que a CMJ já reúne as condições objetivas para realizar o 2º Diagnóstico Municipal da Juventude. Quanto à importância do estudo, Rafael não tem qualquer dúvida. "Esse estudo é fundamental, não apenas para reorientar os esforços do governo municipal, mas vai servir também para facilitar o trabalho de entidades e grupos atuantes na defesa dos direitos da juventude, direitos esses estabelecidos por lei", conclui o vereador.
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