Quem vê este senhor de expressão triste pode muito bem comover-se caso ele resolva contar sua história triste. Mas, que ninguém se engane. Jorge é um estelionatário muito dedicado ao crime. Em sua atual "performance", Jorge diz ser apenas um pobre aposentado surdo necessitando de um pequeno empréstimo. Foi assim que conseguiu levantar R$ 15 mil em uma financeira em Belém e se preparava para aplicar outro golpe quando "a casa caiu".
Jorge nem ouviu quando a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), chegou para prendê-lo e desarticular, nesta segunda-feira (25), o esquema de fraudes que consistia em usar documentos falsos de um aposentado para abrir contas em agências bancárias e fazer saques em dinheiro através do chamado empréstimo consignado. Jorge Marques e sua enteada e comparsa Sheila Cristina dos Santos foram presos em flagrante, nesta manhã, em uma empresa financeira, localizada na Rua Ó de Almeida, bairro da Campina, centro de Belém.
Com os dois, a equipe de policiais civis apreendeu uma carteira de identidade falsa que era usada por Jorge e que estava em nome de um aposentado. Foi apreendido ainda um contrato de empréstimo consignado assinado pelo acusado que se passava por deficiente auditivo para aplicar o golpe.
Segundo o diretor da DIOE, delegado Neyvaldo Silva, na semana passada, usando o documento de identidade falso, Jorge conseguiu abrir uma conta bancária em uma agência e depois fez um empréstimo consignado no valor de R$ 15 mil na empresa financeira, chegando a sacar o valor. Hoje, ele novamente tentou aplicar o golpe, mas, dessa vez, não deu certo. Ele foi descoberto por um funcionário no momento em que tentava fechar um contrato de empréstimo no valor de R$ 10 mil.
No momento em que foi preso, ele estava acompanhado da enteada que usava o nome falso de Michelle e chamava o acusado pelo nome falso de Reginaldo. Segundo informações apuradas, Sheila atuava como comparsa de Jorge. "Ela informava às pessoas que ele era deficiente auditivo", explica o delegado Neyvaldo. Passar-se por surdo era uma forma de tentar dissimular o golpe.
Jorge já tem passagem pela Polícia por ter praticado o mesmo golpe. De acordo com o delegado, a operação da dupla começou a ser investigada quando o aposentado que teve o nome e os dados usados no golpe, registrou um boletim de ocorrência para comunicar que teve seus dados usados no esquema fraudulento. Jorge e Sheila irão responder por crime de estelionato e falsidade ideológica.
No vídeo a seguir é possível ver a dupla em ação, quando conseguiram contrair o primeiro empréstimo, no dia 21 deste mês.
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