Baía havia passado para a reserva remunerada havia cinco anos, após ter sido diagnosticado com grave problema de depressão. Segundo os familiares do militar, ele havia tentado tirar a própria vida em outras ocasiões, mas sempre foi socorrido a tempo. Desta vez, infelizmente, não foi possível impedir o fim trágico.
Baía estava sozinho quando cometeu o ato extremo. Um de seus filhos o encontrou pendurado a um armador de rede e com a ajuda de vizinhos conseguiu descer o corpo do pai. O SAMU foi acionado, mas Baía já era cadáver.
O sargento Rayol, da Polícia Militar do Pará, foi avisado do caso e acionou uma viatura e a sargento Mereide, do Centro Social da Polícia Militar (Ceso), que passou a dar total suporte à família.
Baía ainda chegou a ser levado à UPA de Tucuruí, mas nada foi possível fazer. Em seguida, o corpo do militar foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade, onde passou por necropsia e em seguida liberado para sepultamento.
O estresse próprio da profissão cobra um preço alto dos policiais militares. Um PM que não quis se identificar confirmou que muitos militares precisam de suporte psicológico. “A gente sempre conversa sobre isso. É preciso ter acompanhamento psicológico. A gente lida com armas, com as vidas das pessoas, com crimes, com os problemas das pessoas, mas não tem acompanhamento psicológico. É preciso ter esse apoio", disse o militar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário