O presidente da mineradora Vale, Fabio Schvartsman, afirmou neste domingo (27) que é preciso "ir além e acima" na implementação de ações de segurança para a operação de barragens de minas.
"Vamos criar um colchão de segurança bastante superior ao que a gente tem hoje para garantir que nunca mais aconteça um negócio desse", disse o executivo, em entrevista à GloboNews, ao comentar as ações que a Vale vai adotar após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
"Não sei se é do conhecimento de vocês, mas eu me juntei à Vale um ano e meio atrás. Ou seja, um ano e meio depois do acidente da Samarco (empresa de propriedade da Vale responsável pela tragédia de Mariana, que matou 19 pessoas e contaminou o Rio Doce em 2015)", disse Schvartsman.
O dirigente prosseguiu dizendo que havia "uma série de ações (de segurança) em andamento, que não foram invenção da Vale, foram feitas por especialistas internacionais de renome, e nós seguimos à risca tudo, porque essa foi a orientação dos técnicos e eu não sou técnico de mineração".
"Então, segui a orientação dos técnicos e esse negócio deu no que deu. Quer dizer, não funcionou. Estivemos 100% dentro de todas as normas e não houve solução. Qual é a solução então? Me parece que só tem uma. Nós temos de ir além de toda e qualquer norma internacional. Além e acima. Vamos criar um colchão de segurança bastante superior ao que a gente tem hoje para garantir que nunca mais aconteça um negócio desse", completou.
Schvartsman já havia declarado que o acidente em Brumadinho seria maior do que o de Mariana em número de mortos, mas menor no quesito de danos ao meio ambiente. "A Vale está colocando tudo o que ela tem à disposição, recursos materiais sem limite", garantiu.
(Com informações da GloboNews)
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