Final da noite, 10 de dezembro de 1948, Paris, França. Em meio às polêmicas próprias do pós-guerra e depois de dois longos anos de discussões, foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em meio à Guerra Fria, o documento ainda que não agradasse a todos, se impôs como medida civilizatória e até hoje seus ecos podem ser ouvidos nas diversas Constituições democráticas escritas ao redor do mundo.
70 anos se passaram e infelizmente, ainda estamos longe de alcançar a consolidação dos 30 artigos que formam a Declaração e que a tornaram o texto mais traduzido em toda a história.
Muitos ainda almejam construir muros e não pontes; ainda acreditam em supremacia racial; destilam preconceito em relação às mulheres; tentam ignorar a diversidade de gênero, como se isso a fizesse desaparecer. Acham que proteção ambiental é dogma derivado de uma certa orientação ideológica.
São tolos, destituídos do verniz de civilização que nos separa dos animais. Caíssem de quatro, não levantariam mais.
Em compensação, pudesse ser definida por uma palavra, a Declaração poderia ser chamada de Tolerância. Tolerância que implica em aceitar, respeitar e preservar a existência do Outro, independente de suas crenças, cor, sexo ou orientação sexual.
O mundo não precisa "ser um só", uma distopia infanto-juvenil. Ao contrário, devemos louvar a multiplicidade de tipos humanos, espalhados por centenas de países e etnias, com suas crenças e culturas tão distintas e capazes de formar um colcha de retalhos linda de se ver.
É na diversidade de cores, cantos, ritos, gostos, rostos, choros e risos que a humanidade, afinal de contas, encontra sua...humanidade. O mundo só precisa ser tolerante e civilizado, construído sob valores democráticos e capaz de ser de todos e de cada um dos humanos, detentores de direitos, protagonistas de sua própria história.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou nesta segunda-feira o clipe com a música com o título "A música que todos deveriam saber a letra", com Karol Conka e Daniela Mercury.
“Um projeto que dá harmonia ao texto da Declaração Universal. O resultado emociona. Revela os graves problemas que lidamos no dia-a-dia e que têm relação direta com a declaração universal, e é, por isso, importante que ajudemos a difundir a essência dessa declaração”, disse a procuradora-geral da República, Raquel Dodge ao comentar o filme.
Um salve geral aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos!
Veja o vídeo a seguir.
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