14 de dezembro de 2018

EXCLUSIVO! Dr. Veloso abre o jogo, critica Tião Miranda e reafirma pré-candidatura à Prefeitura de Marabá. "No momento, só eu posso vencer Tião", diz


Manoel Claudio Furtado Veloso (na foto acima), este marabaense de 53 anos e médico cardiologista, parece pronto para reivindicar o legado de seu pai, o grande Geraldo Veloso, sempre citado entre os grandes prefeitos de Marabá e um dos mais respeitados políticos paraenses.

Manoel Veloso, ou simplesmente Dr. Veloso, disputou sua primeira eleição apenas em 2016 e já surpreendeu, ao confrontar Tião Miranda na luta pela Prefeitura de Marabá. Ficou em segundo lugar, mas obteve 47 mil votos e deu a impressão que uma nova liderança começava a despontar.

Nas eleições de 2018, Dr. Veloso voltou à disputa. Desta vez como candidato a deputado federal. Teve mais de 63 mil votos em todo o Pará - só em Marabá foram 35.069, ficou à frente de nomes muito conhecidos como Simone Morgado, Giovanni Queiroz ou Ana Júlia Carepa e se consolidou de vez como liderança ascendente no Sul do Pará.

Entrevistamos Dr. Veloso com exclusividade e ele falou sobre governo Bolsonaro, Helder Barbalho e, claro, falou muito sobre Marabá e região. Diz que Tião não tem grandes projetos e só é bem avaliado porque consegue ser menos pior que os dois prefeitos anteriores. Dr. Veloso também reafirma sua intenção em disputar a prefeitura de Marabá em 2020 e diz qual será sua prioridade para a cidade.

A entrevista com Dr. Veloso você lê a seguir. Boa leitura!

Como o senhor avalia o processo eleitoral de outubro?
Bom, essa eleição foi bem atípica. Elegemos um presidente sem estrutura partidária, sem tempo de TV. O presidente Jair Bolsonaro representa a mudança que as pessoas necessitavam e estavam ansiosas para que tivéssemos. No âmbito local e regional, o que tivemos aqui em Marabá foi a escolha entre um Governo do Estado ausente durante muito anos, sem participação efetiva e sem compromisso com a região; no outro lado, tinha uma candidatura que representava a esperança, com propostas para mudar esse cenário de descaso e abandono. E essa esperança esteve representada pela candidatura do Helder Barbalho. Essa foi a tônica da campanha e o nosso grupo teve posição ao lado da mudança e da esperança, ao lado do Helder.
Sua votação esteve dentro do esperado?

No que diz respeito ao meu desempenho, entendo que cumprimos o nosso papel. Fiz uma campanha modesta, sem recursos financeiros, contando apenas com a capacidade de influenciar as pessoas e levando uma mensagem nova e um jeito novo de fazer política. Consegui manter 72% dos votos que tive na eleição para prefeito (2016) - que foi uma eleição polarizada - ao contrário desta última eleição, que foi muito pulverizada, com muitos candidatos. Foi uma vitória importante, mostrando que nossas propostas estão na cabeça das pessoas e creio que consolida o meu nome como uma liderança.

O sr acabou sendo bem votado também fora de Marabá, não é?
É verdade. No âmbito regional também tive uma votação expressiva. Tive voto em quase todas as localidades do Pará e, mais especificamente, no sul do Pará. Tive mais de 28 mil votos fora de marabá e até na grande Belém fui bem votado com cerca de 8 mil votos. Então, estou muito satisfeito com o resultado desta eleição, o povo do Pará acabou me colocando como uma liderança local e regional. Espero que com este resultado possa influenciar, mesmo sem um mandato, nas políticas públicas que venham a ser desenvolvidas daqui para frente.
Na sua opinião, quais as consequências práticas que a vitória de Hélder trará para o sul do Pará e mais especificamente para Marabá?
Importante frisar a questão da alternância de poder. O PSDB estava quase 20 vinte anos no poder, toda a máquina do governo do estado esteve aparelhada por esse grupo, então essa mesmice acabou diminuindo a vontade e a capacidade de mostrar serviço e o trabalho acabou não rendendo. Essa mudança, traduzida na eleição do governador Helder, vai incrementar e dar dinamismo às políticas públicas e como Helder mesmo diz, tornar o estado mais presente no dia a dia da nossa gente. O governador Helder está focado em fazer um trabalho diferenciado. Basta ver o cuidado que ele está tendo na escolha do secretariado, privilegiando o perfil técnico dos futuros secretários e deixando de lado a barganha política. Isso pode desagradar no começo até mesmo os apoiadores, mas acredito que está indo no caminho certo. Eventualmente, adiante com as coisas entrando nos eixos, deve haver as composições políticas adequadas. Eu espero que isso aconteça. E o importante é que o governo olhe para esta região que é a mais importante região do Pará do ponto de vista econômico e nos liberte das amarras que temos em relação a dependência que temos do governo federal. Nossa região tem potencial para alavancar o progresso do estado, em conjunto com uma política social mais adequada. Precisamos da mão do Governo do Estado nos ajudando e olhando para essa região com muito mais carinho. Eu tenho esperança que isso vai acontecer no governo Helder.
O Sr. apoiou Hélder. É possível que o Sr. venha a ocupar um cargo na futura gestão?

Isso vai depender do governador. Não é essa minha intenção. Não o apoiei em troca de cargos. Mas, acredito que, em função da votação que tive e da consolidação do nosso projeto e da liderança que venho conquistando, eu possa ser ouvido no processo político e venha a influenciar nos projeto de interesse da nossa região. Acredito que eu e meu grupo vamos ter papel relevante nas discussões e tratativas com o Governo do Estado.


Como o Sr. avalia a atual administração de Marabá, sob o comando do prefeito Tião Miranda?

O prefeito Tião Miranda tem feito um bom trabalho administrativo, colocando as finanças em dia, colocou os salários em dia, tem mostrado trabalho voltado para a limpeza urbana, ao ordenamento de trânsito e algumas obras têm começado a aparecer. É muito superior aos dois outros governos que tivemos. E, por isso, ele acaba tendo algum destaque e a aprovação da sua administração é muito boa. A ressalva que faço é no que diz respeito à área social do governo. E quando falo área social me refiro especificamente à Saúde. Houve alguma melhora, mas está muito longe de ser o desejado, muito longe do ideal. Temos uma saúde deficitária. O prefeito não dá importância para atuar em conjunto com os municípios do entorno. Prova disso é a saída dele do CISAT, um consórcio de saúde que meu pai, o Dr. Geraldo Veloso, ajudou a criar. Isso mostra a má vontade que Tião tem - que é clássica, que é antiga já - em relação à Saúde. Outro exemplo disso é o fato de não querer abrir a UPA. Houve avanços, mas é muito pouco. As pessoas precisam ter sua saúde protegida, afinal a saúde é o bem mais elementar e fundamental. Temos que também investir para melhorar a educação no sentido de proporcionar não apenas salário em dia. É preciso dar condições adequadas de trabalho para os professores. Só assim vamos melhorar nossos índices de educação que não estão sendo muito valorizados e nem perseguidos. Na geração de emprego está praticamente esquecida a nossa vocação para ser um polo regional de fato e alavancar as ofertas de emprego para os marabaense. Não estamos vendo nenhuma ação efetiva em relação a isso e também a prefeitura carece de projetos a longo prazo. Que grandes projetos tem na cabeça o nosso prefeito? Quais são os projetos realmente importantes para modificar o perfil da cidade que está em pauta nessa administração? Eu não vejo isso ser fomentado, ser discutido. É uma grave falha que precisamos corrigir.

O Sr tem sido citado como pré-candidato à prefeito. Está na sua perspectiva entrar nessa luta?
Sim. Eu serei pré-candidato pelo PSL, partido do presidente Bolsonaro, que eu vou comandar aqui. Estamos fazendo as primeiras reuniões para definir a formação do diretório. Mas, o pensamento do nosso grupo, com aval do PSL estadual e nacional é que serei pré-candidato a prefeito aqui em Marabá e é essa a minha ideia também. Acredito que, pelo menos hoje, eu seria o único candidato que tem condições de derrotar o atual prefeito Tião Miranda.
Caso fosse o Sr o prefeito de Marabá qual seria sua prioridade absoluta para a cidade?

A saúde com certeza seria a maior prioridade. Na verdade, sem saúde a gente não é nada, não vela a pena ter dinheiro, ter emprego, ter uma rua asfaltada, ter acesso à educação, se você não pode desfrutar disso com saúde. A saúde é o nosso maior bem e esse é o maior desafio e maior vocação que o governo precisa ter para com o cidadão. Na verdade, o investimento em saúde é muito difícil e complicado de fazer, mas é a maior obrigação. Cuidar de uma cidade é relativamente bem mais fácil que cuidar de pessoas. Cuidar de gente é muito mais complicado e muito mais difícil e traz muito mais desafios, mas precisamos fazer isso. Nos precisamos realmente melhorar a saúde de Marabá, ouvindo os usuários, as lideranças, tendo contato com a população para saber quais os principais problemas e ter uma atitude preventiva e também curativa, porque as doenças estão por aí assolando todos nós. Além disso, nesta questão entra uma das minhas maiores preocupações: o cuidado com a nossa gente. Esse é o meu lema. E tenho certeza que será possível melhorar muito a saúde da população. E veja que o investimento público em saúde faz crescer o investimento privado. Isso já aconteceu em Teresina há 30, 35 anos; em Araguaína há 15, 20 anos atrás. Marabá tem a vocação de ser polo de Saúde e esse será o principal desafio que tomarei para mim caso o povo de Marabá me honre com a escolha para ser prefeito da cidade.

Para encerrar, o que o sr. deixa como mensagem aos leitores?
Que neste natal possamos exercitar a solidariedade, seguindo o exemplo de Jesus, tratando nosso próximo com amor. Que nossa sociedade tenha a felicidade de ter um governo que merece, neste ano que virá. E que Deus nos abençoe a todos.

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