Helder Presente, Jatene Ausente
Simão Jatene garante que não irá à solenidade de posse de Helder Barbalho (MDB). Com certeza o quase ex-governador tem coisas mais importantes para fazer. Talvez, à moda Temer, queira "ficar só consigo mesmo por algum tempo" ou já esteje com as tralhas prontas e vai aproveitar o feriado para ir pescar. Mas, quem poderia ficar surpreso com a ausência de Jatene? Uma vez ausente, sempre ausente.
Helder Quer Força Nacional
Mesmo antes de tomar posse, Helder resolveu tomar providências em relação ao caos na segurança pública. Convocou a área de Segurança do Governo do Estado e decidiu, entre outras medidas, solicitar a presença da Força Nacional de Segurança. O pedido deverá ser feito a Sérgio Moro logo depois da posse do ministro, prevista para a quarta-feira (2).
Governo Técnico
Helder parece ter resistido bem à pressão de aliados para nomear a tradicional carrada de "quase-eleitos" que sempre buscam uma beira durante a formação dos secretariados estaduais. O time que escalou tem mais técnicos que políticos. Agora, é ver se vai dar "liga". Mas, que parece bom, parece.
Investimento
Entre tantas expectativas e suposições, uma coisa é certa. A partir de quarta-feira, Helder começa uma corrida contra o tempo para garantir recursos para investimentos. A tal "saúde" financeira alardeada por Jatene e sua turma foi resultado da escolha entre pagar salários (sem reajustes) ou investir em políticas públicas. Sem conseguir ampliar receitas, Jatene também não quis mexer nas boquinhas e a folha inchou. Helder terá que manter a folha em dia e conseguir recursos para investir. Não será fácil.
Na Base da Conversa
Helder terá pouca margem de manobra. Vai precisar de iniciativa e criatividade para ampliar a arrecadação sem aumentar impostos. Terá pelo menos uma vantagem. Helder pretende ter interlocução constante com a bancada federal. Mesmo partidos considerados como de oposição, PSDB e PT por exemplo, já sinalizaram que querem ajudar com emendas e convênios federais.
Estamos Ajudando
Um deputado estadual em exercício disse ao site que a Alepa está fazendo sua parte. Aprovou um orçamento com a maior suplementação da história. Isso libera Helder para movimentar mais à vontade os recursos, enquanto não aparecem receitas novas.
Novos Amigos
Entre os indicados por Helder para seu secretariado, dá para ver que o governador pretende "ciscar para dentro". Trouxe Jarbas Vasconcelos (PV) e Úrsula Vidal (ex-PSOL). Ambos foram candidatos ao Senado Federal. Úrsula teve nada desprezíveis 585 mil votos. Helder parece acreditar que fazer novos amigos é o melhor antídoto para não ficar sozinho no playground. Está errado?
Com Armas
O PT já encomendou estudo para confrontar Bolsonaro na questão da liberação da posse de armas. B17 quer afrouxar as atuais exigências para quem quer bancar o John Wayne nas ruas da cidade e quer fazer isso por decreto. Há quem diga que não pode. Por garantia, o PT pretende estar pronto para contestar na Justiça qualquer tentativa de Bolsonaro de abrir o arsenal para quem puder empatar coisa de R$ 4 mil em um trabuco.
Sem Mochilas
Bolsonaro quer liberar trezoitão, mas não libera mochilas. Os jornalistas que quiserem (ou forem obrigados) cobrir a posse de B17 não poderão levar mochilas, bolsas ou quaisquer valises. Ordens da segurança do evento, já sob os novos ares do bolsonarismo. Os colegas alegaram que "antigamente era diferente". Ouviram que "antigamente era antigamente". Agora, os tempos são outros. Quem quiser cobrir os diversos momentos da posse terá que ir no ônibus destinado à imprensa sob o controle da seguranças bolsonarista e não poderão entrevistar populares na Esplanada. A turma não gostou nada disso.
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