4 de janeiro de 2016

Queda nas Bolsas, dólar em alta e governo tendo que explicar como pagou "padaladas". 2016 começa como 2015 terminou

Dilma - Ela terá que explicar porque pagou "pedaladas" com recursos do "Colchão de Liquidez"
Este 2016 está com toda a cara de 2015. O dólar dispara nesta segunda-feira, ficando acima de R$ 4 e alcançando já na primeira sessão de 2016 o maior patamar desde o fim de setembro do ano passado. A forte demanda pela moeda americana se dá em meio a um dia de intensa aversão a risco no exterior, após dados da China aumentarem as preocupações com o ritmo da segunda maior economia do mundo.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo opera em baixa de quase 2%. A questão chinesa é importante no resultado parcial do pregão, mas as trapalhadas de Dilma e sua turma causam ainda mais instabilidade no mercado financeiro.

É o caso do pagamento das chamadas "pedaladas fiscais" - um desembolso de quase R$ 71 bilhões. Dilma agora terá que explicar porque retirou dinheiro do chamado "Colchão de Liquidez" para cobrir o rombo. O colchão da dívida pública federal é uma espécie de reserva para ser usada em casos de crise macroeconômica e em regra, não deveria ser usada para cobrir operações financeiras consideradas ilegais pelo TCU e negadas pelo governo.   

Para complicar mais um pouco, a atividade industrial chinesa teve nova contração no último mês de 2015. O índice Caixin, que mede esse desempenho, se situou em 48,2 em dezembro, após marcar 48,6 em novembro. Leituras abaixo de 50 implicam retração da atividade.

A divulgação desses dados e crise no Oriente Médio foram determinantes para a suspensão antecipada do pregão da Bolsa de Valores de Xangai, que pela primeira vez utilizou o chamado circuit break, dispositivo que suspende as operações financeiras quando fortes oscilações ameaçam causar prejuízos irreversíveis aos acionistas.

O desempenho da economia chinesa é importante para o mercado brasileiro, uma vez que a China é o destino que boa parte de commodities, principais itens da pauta de exportações brasileiras. Uma retração mais acentuada na China vai implicar em redução das vendas brasileiras e reduzir ainda mais a entrada de dólares no mercado brasileiro, um fator a mais para empurrar para cima a cotação da moeda americana.

Por conta de tudo isso, o pregão de hoje está sendo desastroso para a Vale e para todo o setor siderúrgico. Ações da Vale estão sob forte queda de 4% e ações de siderúrgicas perdem 2,8% em média.

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