6 de janeiro de 2016

Fim do calote do Governo seria o maior "PAC", diz líder empresarial da construção civil


Dilma, ainda nas cordas (é aprovada por menos de 10% dos eleitores), com o Brasil em marcha à ré, ensaia seguir o conselho de seu "criador", o ex-presidente Lula, e lançar o chamado "novo PAC", com medidas que incentivem a construção civil. Deve anunciar este tal plano dias antes do fim do recesso parlamentar. Mas, nem precisaria demorar tanto.

Se Dilma reconhece que a construção civil é um dos setores que reagem mais rápido aos incentivos, basta atender à principal reivindicação do setor: o pagamento de quase R$ 7 bilhões em atraso das obras públicas, o que já seria suficiente para dar fôlego às construtoras.

O governo fechou 2015 com dívida de R$ 3 bilhões em contratos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), R$ 1,8 bilhão do Ministério das Cidades em obras de saneamento, R$ 1,5 bilhão do Ministério da Integração e R$ 400 milhões da Valec, estatal que cuida de ferrovias. Esse valor totaliza R$ 6,7 bilhões e considera apenas as obras que foram efetivamente executadas e faturadas.

"Se Dilma conseguisse colocar em dia os pagamentos dos atrasos já seria um novo PAC",  disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, ao blog Diário do Poder. "Seria o suficiente para recuperar as empresas que estão morrendo. O principal ponto é simplesmente cumprir um compromisso", diz Martins.

Martins participa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, colegiado formado por representantes da iniciativa privada no qual a presidente Dilma Rousseff aposta para tentar buscar soluções para reverter a crise econômica em 2016. 

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