O Simetal, que representa os metalúrgicos, pretende reunir a maioria dos cerca de 470 trabalhadores que foram demitidos pela Cosipar na manifestação que vai pedir celeridade à Justiça na liberação das verbas rescisórias.
Em 2012, um acordo entre os ex-empregados, o Simetal e a Cosipar chegou a ser homologado. No acordo estava previsto o pagamento das rescisões até o dia 18 de dezembro daquele ano. Seriam quitados os salários retidos referentes a outubro e novembro deste ano, mais cinco dias de saldo do salário de dezembro.
Também entraria nos cálculos o pagamento de gratificações natalinas, férias com adicional de 1/3, aviso prévio proporcional indenizado, depósito de FGTS com adicional de 40%, e reajuste do piso de 5% da categoria retroativo a 1º de junho de 2012.
Também entraria nos cálculos o pagamento de gratificações natalinas, férias com adicional de 1/3, aviso prévio proporcional indenizado, depósito de FGTS com adicional de 40%, e reajuste do piso de 5% da categoria retroativo a 1º de junho de 2012.
A Cosipar teria que pagar aos ex-funcionários dois salários contratuais constantes da carteira, manter o plano de saúde empresarial por seis meses, a contar de 1º de janeiro de 2013, declarar rendimentos para efeitos de ajuste anual do Imposto de Renda, fornecer carta de referência, além de pagar R$ 5 mil a título de reparação de dano moral individual.
O acordo não foi cumprido.
O acordo não foi cumprido.
Em 2013, em nova rodada de negociações, a Justiça do Trabalho não conseguiu conciliar as partes e o processo segue sem solução até hoje. Os ex-empregados por certo não abrem de seus direitos, enquanto a empresa se nega em reconhecer parte da dívida e alega não ter liquidez para quitar o restante.
Histórico - A falência da Cosipar é um dos capítulos tristes da história da siderurgia em Marabá e região. Fundada em 1986 e responsável por atrair outras indústrias para o Distrito Industrial de Marabá, a empresa acabou por fechar as portas em 2012, na esteira do colapso do setor, ocorrido a partir de 2008,
A queda do preço do ferro-gusa no mercado internacional, o alto custo da matéria-prima vendida pela Vale e o desaquecimento da economia, entre os anos de 2008 e 2010, além das dificuldades para fazer as adequações ambientais no que diz respeito à utilização do carvão vegetal, acabaram por soterrar as esperanças de verticalizar e exportar o minério de ferro extraído das minas de Carajás.
O impacto causado pela falência das guseiras, sobre a economia de Marabá, foi tremendo. No auge da produção, 10 guseiras voltadas para o mercado externo, instaladas no Distrito Industrial de Marabá, chegaram a ter 21 altos fornos e empregavam pelo menos 9 mil trabalhadores. Hoje, não são mais que 400 postos de trabalho.
Apenas a Ibérica, em fase de recuperação judicial, ainda produz fero-gusa para exportação e emprega cerca de 200 funcionários.
A exceção, neste cenário sombrio para a siderurgia na região, é a Sinobras, empresa focada no mercado interno, que conseguiu autossuficiência em carvão vegetal certificado, graças as suas 10 fazendas de eucalipto espalhadas pelo Norte e Centro-Oeste. A Sinobras emprega cerca de 1.500 trabalhadores e produz mais de 300 mil toneladas de aço laminado por ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário