2 de outubro de 2015

Pressionado, Cunha reitera em nota depoimento na CPI e nega ter contas secretas.

Instantes atrás Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nota na qual nega ser titular de contas bancárias secretas na Suíça. O presidente da Câmara reafirmou as declarações que deu em depoimento espontâneo à CPI da Petrobras em março, quando negou manter contas no exterior.

A nota atende à pressão feita por parlamentares, alguns deles aliados de Cunha, no sentido de que o presidente da Câmara fizesse uma manifestação pública, para além do protocolar "meus advogados estão cuidando do caso".

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou na última quarta-feira (30) que o Ministério Público da Suíça afirma a existência de contas bancárias em nome de Cunha e de parentes dele naquele país.

No depoimento à CPI, Cunha foi questionado pelo deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) sobre a existência de contas na Suíça ou em algum paraíso fiscal. O presidente disse textualmente: "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda”.

Veja a seguir a íntegra da nota de Cunha.




NOTA À IMPRENSA


Com relação às notícias veiculadas acerca de supostas movimentações financeiras no exterior, atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esclarecemos:


1) O presidente desconhece o teor dos fatos veiculados e não tecerá comentários sem ter acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado. Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará.


2) O presidente reitera o teor do seu depoimento prestado a CPI da Petrobrás de forma espontânea.


3) O presidente reafirma seu posicionamento na nota divulgada no dia 20 de agosto de 2015 onde entre outras observações, destacou:


“Também é muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado.”
“À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobrás.”


4) Diante desses fatos causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma.
Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação.


5) O presidente continua absolutamente tranquilo realizando seu trabalho com a mesma lisura e independência, confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal.


ASSESSORIA DE IMPRENSA
GABINETE DA PRESIDÊNCIA

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