29 de setembro de 2015

Dilma acaba com "Aqui Tem Farmácia Popular" e avisa que repasses para UPAs e SAMU só irão até setembro do ano que vem. Mas, não esqueçam, "mamãe ama vocês"!

Incompetência e roubalheira, principalmente quando instaladas nos governos, têm potencial destrutivo e podem matar. Para cobrir o rombo causado por má-gestão e corrupção, o governo federal está promovendo cortes em programas sociais e, o que é mais assustador, nos programas de Saúde Pública.

Dilma manda avisar que não terá dinheiro suficiente para manter diversos serviços gratuitos de saúde no país, entre eles o programa Farmácia Popular e os procedimentos de alta e média complexidades. As informações foram dadas por Arthur Chioro, o "quase ex-ministro" da Saúde (ele deve ser mandado embora para dar lugar a mais um peemedebista. Qual peemedebista? O que isso importa para Dilma? qualquer um serve, desde que a nomeação garanta a ela - para desespero de Lula - a conclusão desse mandato).

O Ministério da Saúde vai acabar, já no início de 2016, com o “Aqui tem Farmácia Popular” — uma parceria com grandes redes de drogarias, que oferece descontos de até 90% em remédios. Além disso, avisou que, no último trimestre do ano que vem, não terá mais dinheiro para fazer repasses a estados e municípios.A rigor, a União terá verbas para repassar às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) somente até setembro. O corte de R$ 3,8 bilhões vai fazer parar ainda procedimentos como cirurgias eletivas, internações, hemodiálises — em centros médicos conveniados ao Serviço Único de Saúde (SUS), hospitais universitários e unidades da Santa Casa.

No caso do Farmácia Popular, apenas as 460 unidades próprias do governo, que distribuem remédios de graça, serão mantidas. Neste caso, o corte será de R$578 milhões. O programa foi criado em 2006 para a compra de remédios contra colesterol, Parkinson, diabetes, glaucoma e osteoporose, além de anticoncepcional.

O corte do governo federal se materializou na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Nacional. Mas o Executivo aposta em emendas parlamentares para tentar recompor, em parte, o rombo na Saúde. A ideia é pressionar os parlamentares a aprovar a medida que destinaria ao setor recursos oriundos do DPVAT (reservados para pagar indenizações em casos de acidentes de trânsito).

Por enquanto, foram preservados os gastos com a compra de vacinas e medicamentos. Até 2015, o total destinado à Saúde era equivalente ao que foi desembolsado no ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, R$ 103,7 bilhões. Agora, o governo terá de reservar 13,5% das receitas correntes líquidas, ou seja, R$ 100,2 bilhões.

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