João Salame: articulação pelo desenvolvimento |
Considerando as gestões mais recentes, Tião Miranda contentava-se em ser um político de paróquia. Maurino nem isso conseguiu ser.
João, ao contrário, vem demonstrando desde a campanha que a banda vai tocar outra partitura sob sua regência.
Lendo como sempre o Blog do Hiroshi, vejo dois movimentos recentes de João que refletem a preocupação em garantir a influência regional de Marabá e, ao mesmo tempo, fazer da Prefeitura um dos fatores de desenvolvimento da cidade.
Aos prefeitos de Carajás
Na quinta-feira (29) João participou do seminário da Amat e em seguida reuniu-se com outros cinco prefeitos eleitos pelo PPS. Na pauta, é claro, os enormes problemas que cada um dos municípios precisam resolver e a busca por discurso e prática afinados quando das futuras e inevitáveis confrontações com os governos federal e estadual por mais recursos. Quem melhor que João para ser o porta-voz dessas demandas?
Nos eventos da quinta-feira, como bem anotou Hiroshi, João fiel ao seu estilo "mandou recados" aos governos federal e estadual e a Vale, três dos principais interlocutores de Marabá e Carajás.
Ao governo federal: "eu quero dizer que sou aliado do governo federal, mas se tiver que ocupar a Transamazônica para garantir que ela seja pavimentada, eu topo.”
Ao governo do estado: “o governador está vindo aqui em Marabá na próxima semana. Se vier trazer benefícios para a região, terá nosso total aplauso. O que não pode é fazer como da última vez em que ele esteve aqui, quando reuniu com vários prefeitos, inclusive o de Novo Repartimento, e assumiu o compromisso de trazer asfalto para o município, mas pelo que eu sei, isso nunca foi feito. Esse tipo de comportamento não nos serve mais.”
Em relação à Vale que quer construir outra ponte sobre o rio Tocantins, exclusivamente ferroviária: "Ou sai uma ponte rodoferroviária, como a existente atualmente, ou vai ter guerra civil aqui na região, pelo menos enquanto eu for prefeito. A gente não vai aceitar de forma alguma o contrário."
Então ficamos assim. Para João, não é preciso ser subserviente e omisso para ser aliado; não precisa ser virulento para ser opositor; e parceria em favor de investimentos não se faz com decisões unilaterais.
Ações para o desenvolvimento de Marabá
Na sexta-feira (30) foi a vez de João falar aos empresários. Aproveitou para reafirmar compromissos de campanha e, principalmente, tratou de deixar claro que a prefeitura será parceira, mas não substitui a mobilização do setor produtivo.
Assim, trata-se aqui de garantir os atuais empregos nas guseiras e reativar pelo menos mais duas. Coisa de mais de 5 mil empregos. Além disso, a hidrovia Araguaia-Tocantins e o projeto Alpa/Aline precisam voltar ao topo da agenda do governo federal e da Vale. E apenas a união de esforços entre prefeitura, empresários e trabalhadores pode garantir isso.
“Pela primeira vez nós tivemos a satisfação de reunir com um prefeito eleito de Marabá, disposto a encarar os graves problemas que ameaçam o futuro do município. A reunião solicitada pelo Salame foi muito importante, e já está provocando, como efeito imediato, empolgação entre os colegas do setor produtivo, que veem na figura do prefeito eleito a liderança política que faltava para guiar os destinos da cidade”, disse Gilberto Leite, diretor da Associação Comercial e Industrial de Marabá ao Blog de Hiroshi.
Para dar consequência ao encontro, um Grupo de Trabalho para alinhavar os caminhos a serem percorridos, com elaboração de documento final destinado ao prefeito com o planejamento de ações.
“Pela primeira vez nós tivemos a satisfação de reunir com um prefeito eleito de Marabá, disposto a encarar os graves problemas que ameaçam o futuro do município. A reunião solicitada pelo Salame foi muito importante, e já está provocando, como efeito imediato, empolgação entre os colegas do setor produtivo, que veem na figura do prefeito eleito a liderança política que faltava para guiar os destinos da cidade”, disse Gilberto Leite, diretor da Associação Comercial e Industrial de Marabá ao Blog de Hiroshi.
Para dar consequência ao encontro, um Grupo de Trabalho para alinhavar os caminhos a serem percorridos, com elaboração de documento final destinado ao prefeito com o planejamento de ações.
Encerro:
Até aqui, a postura de João tem sido irretocável. Ele sabe muito bem que é preciso recuperar o tempo perdido e que as demandas explodirão a partir de 1º de janeiro. O novo prefeito com suas últimas movimentações deixa claro que não pretende ser engolido pelo cotidiano da máquina pública, capaz de triturar boas ideias e intenções. Para que isso não aconteça, João vai construindo ante-aparos. Conta com 10 parlamentares federais, canal de diálogo consistente com o governo federal, constrói maioria na Câmara Municipal, vai mobilizando trabalhadores e empresários em torno de projetos complexos porém viáveis e escolhe com cuidado seu gabinete. A qualquer um que goste o mínimo de Marabá resta apenas reconhecer o esforço de João e torcer que seja suficiente para fazer o Tigre da Amazônia recuperar o protagonismo que merece.
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