Segundo a pesquisa, 24% dizem que votariam nele "com certeza" e 26% dizem que poderiam votar. Somados os votos certos com os prováveis a soma chega a 50% do eleitorado.
Foram consultados, por telefone, mil eleitores de todo o país. Destes, 15% dizem que não votariam no ministro de jeito nenhum. Já 31% disseram que não o conhecem "o suficiente para opinar". O maior percentual de pessoas que votariam em Barbosa está no Nordeste, 28%, enquanto no Sul, 17% afirmou que votaria no ministro.
De acordo com a colunista, os técnicos do instituto alertam para o fato de o nome de Barbosa não ter sido apresentado em tabela com outros candidatos. A pergunta ao eleitorado lembra apenas que "as pessoas poderão reeleger Dilma Rousseff ou votar em outros candidatos".
Em outubro, o ministro Joaquim Barbosa descartou a hipótese de ir para a política. “De forma alguma, eu nunca fiz política. Não é agora que vou fazê-lo”.
Mas, vai que cola?
A recente paixonite da imprensa tradicional por Barbosa me faz refletir sobre o caráter deste amor de ocasião.
Já lembrei aqui no blog que somente a partir do julgamento da AP 470, Barbosa ganhou relevância nacional. Até então, Barbosa não havia relatado nenhum caso de maior repercussão e era notícia muito mais pelo seu destempero e por suas brigas públicas
Em 2008, por exemplo, a revista online Consultor Jurídico, uma das publicações mais respeitáveis do país a cobrir os tribunais, publicou o que chamou de "pancadaria verbal" entre Joaquim Barbosa e Eros Grau. A discussão versava sobre a operação Satiagraha, mas degringolou. Na confusão, Grau lembrou de uma acusação de agressão física feita pela ex-mulher de Barbosa, capítulo pouco edificante na vida de qualquer cidadão, togado ou não.
Nos tempos em que era mortal, Barbosa chegou a ser criticado, nos jornais que agora o incensam, ao ser flagrado em um boteco do Rio de Janeiro durante uma de suas muitas licenças médicas.
Refiro isso apenas porque percebo que setores da imprensa começam uma espécie de busca por um "salvador da pátria", alguém "puro", sem máculas. Algo como o Santo Graal aplicado à política. Uma ficção perigosa.
Como todos temos nossos pecados, a crença redentorista carregada de um preconceito às avessas pode nos empurrar a todos para uma aventura com sério viés autoritário.
O jogo pode ficar ainda mais perigoso caso o alvo deste estranho amor acabe convencido de ser o portador de "uma missão". Alguém por aí conhece algo mais perigoso que um homem com uma missão? Eu não.
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