A Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 onde organizações da sociedade civil vão discutir temas relacionados à Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, começa nesta sexta-feira (15), no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O evento deve reunir 18 mil pessoas nas 50 tendas do evento.
O público esperado para essa edição do evento é quase o dobro do que compareceu à Cúpula dos Povos em 1992, durante a Eco-92. O encontro, que vai até o dia 22, acredita que pode fazer com que os temas discutidos na Rio+20 não fiquem só no papel, mas se transformem em práticas sociais. Para saber toda a programação do evento, com os horários das atividades, acesse o link aqui.Ao longo da última semana, a movimentação já mudou a rotina do bairro e aumentou a segurança. A ideia dos organizadores é ir além dos temas que serão debatidos no Riocentro, onde acontece a conferência oficial com representantes de 193 países, e realizar debates de forma independente, e com a possibilidade de assumir tons mais críticos ao que está sendo decidido pelos governos.
Um mês antes do início da conferência, representantes da Cúpula dos Povos apresentaram um documento mostrando que o debate principal do grupo vai girar em torno da rejeição à mercantilização da natureza e ao que chamam de "economia verde".
Entre os temas a serem debatidos estão não apenas o próprio desenvolvimento sustentável, mas também o conceito de economia verde, assuntos relativos a florestas, oceanos, a crise econômica global e seus reflexos sobre o G-20, e os conflitos socioambientais nos Estados Unidos e na Europa.
A Cúpula dos Povos vai ter debates até o sábado (23), depois do encerramento da conferência oficial.
Enquanto a sociedade civil se reunir na Cúpula dos Povos, mais de 2.000 líderes de empresas do mundo inteiro vão participar desta sexta (15) até a segunda (18) do Fórum de Sustentabilidade Empresarial, evento à margem da Rio+20, que discutirá práticas de sustentabilidade neste setor.
O Fórum terá debates que vão trabalhar no sentido de definir a economia verde, além de buscar lançar um pacto conjunto de ações sustentáveis. O objetivo é dar visibilidade às práticas coorporativas que contribuam para o desenvolvimento econômico sustentável, aliadas à inovação e à criação de empregos.
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