17 de junho de 2012

Ativistas protestam contra a presença de ditador iraniano na Rio+20



Defensores dos direitos humanos, ambientalistas e membros da comunidade judaica protestaram neste domingo no Rio de Janeiro contra a participação do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Cúpula da Rio+20 que será realizada na próxima semana.
A multidão de várias centenas de pessoas percorreu as ruas de Ipanema com bandeiras de Israel e cartazes com mensagens nas quais se lia "O Rio não dá as boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad" e "Negar o Holocausto é o mesmo que negar a escravidão no Brasil".
Está previsto que Ahmadinejad chegue ao Rio durante esta semana, vindo da Bolívia, onde na terça-feira visitará seu colega e aliado boliviano, Evo Morales.
A vereadora Teresa Bergher, integrante da Comissão de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, afirmou à Agência Efe que a manifestação é um "grito contra a mentira e todo o mal que Ahmadinejad representa". "Não podemos permitir que este homem venha a nossa cidade e por isso na próxima semana apresentaremos uma iniciativa para declarar o presidente iraniano persona non grata", disse.No protesto participaram também membros da comunidade homossexual que levavam a bandeira do arco-íris, assim como ambientalistas contrários ao programa nuclear do governo Iraniano.
Alguns manifestantes destacaram que o protesto é contra a participação de Ahmadinejad na Rio+20 e não contra o povo do Irã.
Agustín Ulaulobsky, diretor da Comunidade Noam da Argentina, que veio ao Brasil especificamente para participar do protesto em representação de "toda a juventude judia argentina", declarou à Efe que Ahmadinejad "não é só uma ameaça local, mas também mundial" e que "é importante lutar contra o fanatismo".
Na semana passada o Centro Simon Wiesenthal urgiu os governantes do mundo a "rejeitar encontros bilaterais" com Ahmadinejad, durante a Rio+20 e a "abandonar o recinto" quando ele tomar a palavra. "No passado, Ahmadinejad abusou do palanque da ONU para negar o Holocausto nazista e promover uma incitação ao genocídio, através de suas reiteradas chamadas para destruir um país membro da comunidade internacional, o Estado de Israel", manifestou em comunicado a organização judaica de direitos humanos.

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