“O povo grego votou hoje pela permanência do país na zona euro e a favor das forças políticas que vão trazer desenvolvimento e emprego”, disse Samaras, na primeira reação pública aos resultados eleitorais.
“Por isso, convidamos todos as forças políticas que acreditam neste projeto a formar um governo de salvação nacional”, acrescentou Samaras.
O líder da Nova Democracia, que obteve cerca de 30% das preferências em cerca de 50% dos votos apurados, comprometeu-se a aplicar “políticas europeias” para garantir o desenvolvimento do país. “Trabalharemos para que o país saia da crise”, disse Samaras. Segundo ele, o voto popular vai permitir [a formação de] um “governo estável, com orientação pró-europeia”.
Em paralelo, o líder da Syriza, Alexis Tsipras, admitiu a vitória da Nova Democracia nas eleições legislativas e disse que já felicitou o líder conservador. “Apesar de a Syriza não ter sido o partido mais votado, é a primeira força da oposição contra o memorando [de entendimento negociado com os credores internacionais]”, disse o líder esquerdista. Ele informou que fará uma oposição forte e reiterou que a única saída para a Europa consiste em terminar com as políticas de austeridade.
Os últimos dados oficiais sobre as eleições de hoje indicam que a Nova Democracia garantirá de 29,5% a 30% dos votos, obtendo 128 lugares no Parlamento de 300 lugares – já incluindo o “bônus” de 50 deputados garantido pelo partido mais votado. A Syriza confirma a segunda posição, com 27,1% e 72 deputados. O Pasok obterá 12,3% (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores.
Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita assegurar pelo menos 151 lugares no Parlamento.
Havia um grande temor na Europa que, em caso de vitória da esquerda, a Grécia deixasse a chamada "Zona do Euro". Analistas previam, então, um efeito cascata que poderia levar à implosão da moeda única e ampliar ainda mais os efeitos da crise europeia.
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