Desde terça-feira (1), circula na internet um áudio no qual, segundo quem o produziu, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) recomenda a uma mulher identificada como "Josi" que faça um aborto.
O caso foi noticiado pelo jornal Diário do Pará e hoje (3) Jordy pronunciou-se. Reconhece que manteve um relacionamento com uma mulher chamada Josiane, que está grávida e a quem vem mantendo financeiramente por força de um acordo judicial em uma ação de alimentos movida pela moça contra o deputado, mas Jordy nega que tenha incitado o aborto por parte de Josiane.
O caso ganhou relevância considerando que Jordy é um dos principais concorrentes à Prefeitura de Belém e integra a CPI da Pedofilia.
Está claro que um evento como este tem o poder de causar estragos enormes à candidatura de Jordy e pode até inviabiliza-la. E não falta quem queira diminuir o número de concorrentes nas próximas eleições.
Considerando que a gravação deve ter ocorrido ainda ano passado e que já houve acordo entre as partes, percebe-se que a "bomba" foi cuidadosamente guardada para explodir nestes dias que antecedem as convenções partidárias de junho. Como digo aqui vez por outra, é do jogo.
Percebam que aborto não houve e que o áudio não serviria como prova judicial.
Assim, não há que se falar em caso penal.
A questão fica no campo da moral e da política, dois terrenos sensíveis e que costumam causar danos de difícil reparação.
Não é a primeira vez que Jordy é pego pela palavra. Durante o Plebiscito de dezembro sobre a criação dos Estados do Carajás e Tapajós, um vídeo no qual o deputado defendia a divisão do estado, gravado meses antes da consulta popular, colocou em dúvida qual afinal era a posição de Jordy sobre o assunto.
O áudio vocês ouvem aqui.
Leiam a seguir a matéria do Diário do Pará e tirem suas conclusões.
"Na tarde de hoje (3), o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) assumiu que teve um relacionamento com uma mulher chamada Josiane e que ela está, de fato, grávida de um filho que pode ser seu. Apesar de negar, com veemência, que tenha incitado a realização de um aborto, Jordy assume que reconheceu sua voz em alguns momentos do vídeo publicado no Youtube.
O deputado conversou com a reportagem do Diário do Pará sobre o vídeo postado na tarde de ontem (2), que seria uma suposta conversa entre ele e uma mulher chamada “Josi”, a quem ele incita a realizar um aborto de um filho que seria seu. Ele afirma que teve várias conversas sobre as decisões que precisariam tomar quanto à gravidez, mas nega que tenha sugerido a sua terminação forçada.
Quanto à gravação, Jordy disse que reconhece sua voz em alguns momentos, mas que não falou em aborto. Ele disse que não tem como saber ainda se a gravação foi editada ou “truncada”, mas que não é de uma conversa da qual ele tenha participado.
Ele também confirmou a informação adiantada hoje (3) pelo Diário do Pará, de que a moça teria entrado com uma ação de alimentos que exigia 40% dos rendimentos do deputado, mas que foi negada pela Justiça e acabou em um acordo entre as partes. Hoje, Jordy ajuda a moça financeiramente e comprovou à reportagem que dá apoio financeiro à gestante.
À reportagem do Diário do Pará, Jordy reafirma que é um homem solteiro, que tem cinco filhos e que lhes dá todo o apoio e atenção. Josiane teria 26 anos e o relacionamento com ela teria durado cerca de dois. Apesar de assumir que o filho pode ser seu, Jordy pretende realizar um teste de DNA quando a criança nascer.
Quanto ao vídeo publicado na internet, por um “fantasma”, nas palavras do deputado, ele está discutindo com seus advogados qual atitude vai tomar. Segundo o deputado, Josiane já sabe da gravação e afirmou que não tem nenhuma relação com a sua divulgação.
O deputado atribui o aparecimento desta gravação a intenções políticas de macular a sua imagem, principalmente por conta da sua atuação na CPI da Pedofilia. Ele afirmou que já sabe da gravidez há cerca de 7 ou 8 meses, e que o assunto só veio à tona agora por conta da proximidade com as eleições para a Prefeitura de Belém, às quais é pré-candidato e considera-se bem colocado nas pesquisas eleitorais."
Nenhum comentário:
Postar um comentário