A polícia está prestes a esclarecer a morte do médico Boadyr Veloso, que foi prefeito da cidade de Goiás. Já existem dois suspeitos de serem os mandantes do crime, que aconteceu no dia 28 de maio de 2008. O ex-prefeito, de 71 anos, foi assassinado a tiros ao sair de uma casa de jogos clandestinos no Centro de Goiânia por volta das 11 horas da noite. Ele foi executado por dois homens que estavam em uma moto à espera dele. Os pistoleiros ainda não foram encontrados.
Mas a polícia não tem dúvidas de que a morte de Boadyr Veloso, médico patologista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, esteja relacionada com a exploração do jogo do bicho e de caça-níqueis em Goiânia. Ainda não consta no inquérito, mas a polícia investiga denúncias anônimas que dão conta que Boadyr Veloso teria vendido o direito de exploração de jogos no Entorno do Distrito Federal a outro grupo que atua no ramo. Há informações que o negócio teria custado cerca de R$ 350 milhões. A polícia acredita que Boadyr tenha contrariado interesses de gente importante que explora o jogo em Goiás. Por isso, morreu. Mas a hipótese inicial a ser investigada pela polícia não foi essa. O delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, que primeiro investigou o caso, suspeitou de crime político. Boadyr era pré-candidato a prefeito da cidade de Goiás e, segundo o delegado que hoje preside o inquérito, Alexandre Bruno Barros, só depois de ouvir 15 pessoas o delegado Carlos Raimundo descartou essa linha de investigação. “Boadyr era um político moderado e não tinha inimigos declarados”, explica Alexandre. O inquérito passou pelas mãos de outros três delegados, Jorge Moreira, Adriana Ribeiro e Ernane Oliveira Cazer, que comandou o inquérito até abril de 2011. Depois dessa data a investigação paralisou e só há três semanas o delegado Alexandre reiniciou os trabalhos.
Consta no inquérito que a família não sabia do envolvimento de Boadyr Veloso com jogo do bicho e que, depois da morte dele, decidiu fechar a casa de jogos que funcionava em Goiânia. O filho Eládio Neto, que é policial em Tocantins, testemunhou que esteve em Goiânia, pagou os funcionários e fechou a banca, que era conhecida como Mega e funcionava em uma viela da Rua 7, no Centro da cidade. Dias depois, a banca voltou a funcionar, o que levou delegado Ernane Cazer a desconfiar da existência de um sócio de Boadyr. A polícia já sabe quem é esse sócio que assumiu a banca e ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime. O outro suspeito também tem envolvimento com jogo ilegal.
Boadyr Veloso tinha ex-mulher (com quem teve filhos), uma esposa e uma namorada. Todas foram ouvidas, assim como os genros. Segundo Alexandre Barros, a família negou qualquer conhecimento da atividade ilícita do ex-prefeito.
Apenas a namorada — que Alexandre Barros não identifica para preservá-la — ajudou nas investigações ao dizer que Boadyr temia “morrer ou ter que matar” por causa do jogo. O genro Edivaldo Cardoso, considerado pela polícia braço direito de Boadyr nas questões financeiras, também não ajudou nas investigações, relatou Alexandre Barros. (Reportagem e foto Andreia Bahia/Jornal Opção)
Mas a polícia não tem dúvidas de que a morte de Boadyr Veloso, médico patologista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, esteja relacionada com a exploração do jogo do bicho e de caça-níqueis em Goiânia. Ainda não consta no inquérito, mas a polícia investiga denúncias anônimas que dão conta que Boadyr Veloso teria vendido o direito de exploração de jogos no Entorno do Distrito Federal a outro grupo que atua no ramo. Há informações que o negócio teria custado cerca de R$ 350 milhões. A polícia acredita que Boadyr tenha contrariado interesses de gente importante que explora o jogo em Goiás. Por isso, morreu. Mas a hipótese inicial a ser investigada pela polícia não foi essa. O delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, que primeiro investigou o caso, suspeitou de crime político. Boadyr era pré-candidato a prefeito da cidade de Goiás e, segundo o delegado que hoje preside o inquérito, Alexandre Bruno Barros, só depois de ouvir 15 pessoas o delegado Carlos Raimundo descartou essa linha de investigação. “Boadyr era um político moderado e não tinha inimigos declarados”, explica Alexandre. O inquérito passou pelas mãos de outros três delegados, Jorge Moreira, Adriana Ribeiro e Ernane Oliveira Cazer, que comandou o inquérito até abril de 2011. Depois dessa data a investigação paralisou e só há três semanas o delegado Alexandre reiniciou os trabalhos.
Consta no inquérito que a família não sabia do envolvimento de Boadyr Veloso com jogo do bicho e que, depois da morte dele, decidiu fechar a casa de jogos que funcionava em Goiânia. O filho Eládio Neto, que é policial em Tocantins, testemunhou que esteve em Goiânia, pagou os funcionários e fechou a banca, que era conhecida como Mega e funcionava em uma viela da Rua 7, no Centro da cidade. Dias depois, a banca voltou a funcionar, o que levou delegado Ernane Cazer a desconfiar da existência de um sócio de Boadyr. A polícia já sabe quem é esse sócio que assumiu a banca e ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime. O outro suspeito também tem envolvimento com jogo ilegal.
Boadyr Veloso tinha ex-mulher (com quem teve filhos), uma esposa e uma namorada. Todas foram ouvidas, assim como os genros. Segundo Alexandre Barros, a família negou qualquer conhecimento da atividade ilícita do ex-prefeito.
Apenas a namorada — que Alexandre Barros não identifica para preservá-la — ajudou nas investigações ao dizer que Boadyr temia “morrer ou ter que matar” por causa do jogo. O genro Edivaldo Cardoso, considerado pela polícia braço direito de Boadyr nas questões financeiras, também não ajudou nas investigações, relatou Alexandre Barros. (Reportagem e foto Andreia Bahia/Jornal Opção)
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