21 de março de 2012

Rússia já fez mais pelo Mundial de 18 que o Brasil pelo de 14, diz Fifa

Jérôme Valcke, da Fifa e o ministro Aldo Rebelo (Foto: Getty Imagens)

No dia em que a Rússia apresentou sua estratégia para a organização da Copa do Mundo de 2018, a Fifa criticou os atrasos e problemas nos preparativos para o Mundial de 2014. O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, elogiou a criatividade e o compromisso da Rússia para organizar a Copa de 2018 e desta forma evitar os atrasos que, segundo ele, acontecem no Brasil.
"A Rússia está fazendo com seis anos de antecedência o que o Brasil, a três anos da Copa, não está realizando. A Rússia está levando a competição a sério e quer aproveitar esse tempo para se preparar melhor para o evento", disse Weil. A declaração do funcionário da Fifa foi feita em entrevista coletiva ao lado do ministro de Esportes russo, Vitali Mutko, que apresentou a estratégia do país para a competição. O ministro afirmou que a Rússia teve pouco tempo para festejar a escolha do país para a sede da Copa de 2018, pois os preparativos para organização da competição já começaram e o tempo passa muito rapidamente.
"Observamos os problemas que os outros países enfrentam para realizar grandes torneios. Tomamos todas as medidas para impulsionar os preparativos da Copa já no primeiro ano", comentou Mutko. Em setembro, a Rússia anunciará as onze cidades e doze estádios onde serão disputados os jogos. Está previsto que a final e uma semifinal ocorrerão no estádio olímpico Luzhniki, em Moscou. Já a outra semifinal será disputada num estádio em São Petersburgo, que ainda está em construção.
"Os russos querem que o Mundial melhore suas vidas e também a imagem do país", assegurou Alexei Sorokin, diretor-geral do comitê organizador. A Copa das Confederações, que é disputada por seis seleções campeãs de seus continentes, ocorrerá em 2017 em Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan. Mutko também prometeu que o Parlamento russo aprovará ainda neste ano todas as garantias jurídicas exigidas pela Fifa, incluindo a propaganda de cerveja nos estádios, medida que só valerá durante a Copa, já que é proibida por lei no país.
Enquanto isso, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta segunda-feira que Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, seguirá trabalhando na organização da Copa do Mundo de 2014. O nome do dirigente francês foi vetado pelo governo brasileiro após ele dizer que o país precisava de um “chute no traseiro“ para acelerar as obras para o torneio.
Na última sexta-feira, Blatter esteve no Brasil em reuniões com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e com parlamentares. O objetivo dos encontros foi justamente aparar as arestas após a declaração polêmica de Valcke. Em Brasília, o número 1 da Fifa evitou falar sobre o caso.
Nesta segunda-feira, Blatter afirmou à agência de notícias AP que o secretário-geral segue trabalhando na organização do Mundial. “Não há problema entre o presidente da Fifa e o secretário-geral da Fifa”, afirmou o dirigente em nota. “Jérôme Valcke seguirá com todas as suas atividades como secretário-geral, incluindo a preparação da Copa do Mundo de 2014”, completou.

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