O encontro, a portas fechadas, foi realizado no Palácio da Revolução, na capital do país, Havana.
A viagem de Bento XVI é a segunda visita papal a Cuba, 14 anos depois de João Paulo II ter visitado a ilha, e vem cercada de expectativa.
Muitos cubanos parecem esperar que a passagem do papa pela ilha possa incentivar reformas políticas, para acompanhar as mudanças econômicas pelas quais o país já vem passando nos últimos anos.
Na primeira parada do roteiro, em Santiago de Cuba, Bento 16 rezou uma missa ao ar livre e orou "por aqueles privados de liberdade, aqueles separados de seus entes queridos", uma clara referência aos prisioneiros políticos e exilados que somam milhares na ilha fora do tempo cultuada como paraíso perdido por esquerdistas de diversos matizes, todos cúmplices de um governo espúrio que tortura e mata seu próprio povo.
"Eu confiei à Mãe de Deus o futuro do seu país, avançando pelos caminhos da renovação e da esperança, para o bem maior de todos os cubanos", disse o papa, que orou diante da Virgem da Caridade do Cobre.
No entanto, após as declarações do papa, e poucas horas antes de seu encontro com Raúl Castro, o vice-presidente Marino Murillo, responsável pela política econômica, descartou qualquer possibilidade de reforma política em Cuba.
"Em Cuba não haverá reforma política", disse Murillo. "Nós estamos discutindo sobre como atualizar o modelo econômico cubano para tornar nosso socialismo sustentável", disse o esbirro.
Hoje, Bento XVI encontra-se com Fidel Castro, o facinoroso que transformou Cuba em seu resort privado. Dissidentes esperam ter a oportunidade de falar com o Papa, mas isso não está previsto. De toda sorte, ao falar sobre exilados e prisioneiros, Bento XVI já fez mais que muitos proto líderes mundiais como Lula e Dilma que costumam visitar a ilha da múmia comunista caribenha e calam-se de forma abjeta diante do desrespeito aos direitos humanos em Cuba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário