7 de fevereiro de 2012

MP-GO esclarece alguns aspectos da "Operação Biópsia" deflagrada hoje

Direto do site do Jornal Opção, de Goiânia, hoje (7):
Operação Biópsia
Fraude na Associação Goiana de Combate ao Câncer
Já foram comprovadas fraudes como: notas frias, compra de medicamentos que nunca foram entregues e super salários
Fotos: João Sérgio / MP-GO
Operação Biópsia sendo apresentada por representantes do
MP-GO e da PM
Janaína Martins

O MP/GO (Ministério Público em Goiás) deu mais detalhes da Operação Biópsia, deflagrada na manhã desta terça-feira, 7. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para não comprometer as investigações, mas o MP/GO informou que quatro membros da administração da Associação Goiana de Combate ao Câncer e um empresário foram detidos.

Para o promotor Denis Bimbati, os mandatos de busca e apreensão foram imprescindíveis, pois encontraram novas irregularidades e novos indícios de fraudes. “Agora as apreensões serão analisadas pelo MP”, explica. Foram apreendidos na operação computadores e notas fiscais.

O promotor informou que apesar de a operação estar em fase de investigação, algumas fraudes já foram comprovadas. Como notas frias, compra de medicamentos que nunca foram entregues, super salários, contratação de empresas de funcionários da própria associação, que chegavam a receber cerca de R$ 200 mil por mês. Além de constar na folha de pagamento da associação salário de servidor que reside no exterior e pensão alimentícia para filho de um dos funcionários. De acordo com Bimbati, o esquema de fraudes pode atingir a casa dos milhões.

Há indícios de uma organização criminosa no âmbito da associação de combate ao câncer em Goiás, informou.  Sobre tratamentos diferenciados no Hospital Araújo Jorge o promotor disse: “os pacientes que têm condição estão pagando para serem atendido muito melhor do que aqueles que dependem da rede pública. O que é lamentável, já que estamos diante de uma instituição filantrópica”. Os pacientes que são atendidos pela rede pública demoram cerca de seis meses para serem atendidos, enquanto que quem paga é atendido no dia seguinte, informou o promotor.

Bimbati ressaltou o trabalho feito em conjunto com a Polícia Militar. O comandante de missões especiais, Wellington Urzêda, disse que não houve resistência nas prisões dos cinco investigados e que poderá haver mais prisões ainda nesta semana.

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