Dia desses o governador Geraldo Alckmin foi açoitado através de todos os meios de comunicação do País por conta de sua ação corajosa de, pasmem, CUMPRIR A LEI. Uma onda vergonhosa de mentiras ganhou forma e força chegando ao cúmulo de plantar-se na imprensa uma fantasia macabra que dava conta de que "pessoas foram mortas pela PM/SP" e os corpos escondidos. Viu-se depois, claro, que era tudo um embuste fabricado por "militantes" destas seitas sem voto que aglutinam-se em partidecos da dita "esquerda radical" e que acabam sendo aliados objetivos da eterna luta entre o PT e o PSDB pelo controle de São Paulo.
Pois bem. Na quarta-feira (15) quase cem famílias foram expulsas de uma estrada em Brasília. Ontem (16) ocuparam um terreno pertencente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O governo do DF é do petista Agnelo Queiroz. Os métodos de Agnelo do PT não são diferentes daqueles imputados ao Governador Geraldo Alckmin. A Agência Brasil, veículo oficial do Governo Federal afirma: "Maria Zelia Leite, de 58 anos, estava no acampamento quando os agentes chegaram. Segundo ela, a maior parte dos homens estava trabalhando e algumas crianças, nas escolas. “As mulheres pediam para que eles [agentes] esperassem ao menos a gente tirar as coisas, mas eles chegaram rasgando as lonas dos barracos, passando por cima de tudo”, contou Zelia, moradora do Itapoã, onde diz já ter uma casa “pequena”. “Estou aqui porque quero uma terra para trabalhar honestamente. Ninguém mais dá trabalho para alguém na minha idade.”"
Em matéria da Agência Brasil publicada no dia 1º, o chefe da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente, delegado Hailton da Silva Cunha, informa que o recente crescimento das operações de desocupação em áreas públicas resulta de orientação do GDF para que os órgãos locais "não tenham nenhum tipo de tolerância” em relação às “invasões’, que devem ser “extirpadas” já em sua fase inicial.
Os invasores agora ameaçam deslocar mil famílias para o terreno ocupado no centro de Brasília, caso suas exigências não sejam atendidas.
Aqueles que acham que sou contra à ação de Agnelo Queiroz do PT estão redondamente enganados! O ato de invadir terras públicas ou privadas é crime e como tal deve ser tratado. Interromper o tráfego em uma estrada cerceia o direito de ir e vir, consagrado na Constituição Federal e é, portanto, igualmente ilegal.
O que não acho certo é demonizar a ação de Geraldo Alckmin, feita em cumprimento à determinação judicial e devidamente acompanhada pelo Ministério Público e por um Juiz; e, em outra vertente, calar-se de forma abjeta quando outro governador faz o mesmo (devo dizer que Agnelo fez pior: não havia ordem judicial a ser cumprida!). Onde estão os execradores de Alckmin? Já compraram a corda para enforcar Agnelo na mesma árvore? Ou a crítica somente pode ser feita se o alvo for um representante da chamada "oposição"? De quantos pesos e medidas precisa-se para fazer a "luta política"?
Aqui, queridos, tem apenas um peso e uma medida: A favor da Lei!
Recentemente, aqui e aqui, repercuti dois pronunciamentos do deputado Giovanni Queiroz (PDT) que cobra do Supremo Tribunal Federal (STF) providências no sentido de que as centenas de mandados de reintegração de posse expedidos sejam cumpridos no Pará. Nada menos que 47 comentários foram despachados para a lixeira por conterem palavras de baixo calão e ofensas graves ao deputado.
Isso me fez refletir que, infelizmente, vivemos tempos estranhos neste País. Aqueles que defendem o primado da Lei e o cumprimento das decisões judiciais são alvos da canalha, enquanto figuras tenebrosas, que são definidas não por suas biografias, mas por seus prontuários na polícia, são aplaudidos de pé e temidos na República.
É realmente de pasmar que exemplos tão diversos oferecidos por Alckmin e Agnelo não sejam capazes de contagiar o governador tucano do Pará, Simão Jatene. Apesar das promessas feitas na campanha, Jatene nada faz para restaurar a lei e a ordem neste "Parazão" desgovernado, que a elite do "Parazinho" adora ignorar. Enquanto cresce a insegurança jurídica, cresce junto a violência e diminui as chances de termos dias melhores. Triste sina, a nossa. Ter tanto potencial e ficar a esperar eternamente um futuro que parece nunca chegar.
Veja aqui o link para a matéria da Agência Brasil.
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