Aconteceu hoje (17), na sede do Incra, em Marabá, mais uma tentativa de apaziguar os ânimos no acampamento "23 de Novembro", localizado em uma área invadida da Fazenda Cristalino, em Itupiranga, distante cerca de 50 quilômetros de Marabá.
Além da morosidade do Incra em definir se, afinal de contas, a terra é ou não passível de desapropriação para fins da reforma agrária, outro fator contribui para elevar a tensão na gleba. Uma desavença entre dois líderes dos invasores acabou com a expulsão de um deles do acampamento. O excluído, segundo denunciou a presidente da associação constituída pelos invasores, está arregimentando apoiadores dispostos a invadir o acampamento e expulsar os atuais ocupantes da gleba.
A presidente da associação de invasores afirma que já foi vítima de atentado e que sua cabeça está à prêmio.
O ouvidor agrário do Incra, Eudério Coelho participou da reunião. Nenhuma solução concreta foi sequer esboçada pelo órgão. Aparentemente, para o Incra, o cargo de "ouvidor agrário" serve apenas para isso mesmo: ouvir, ouvir... e nada propor!
Pelo andar da carruagem, logo se ouvirá tiros vindo da Cristalino e seguiremos contando corpos nesta infinda guerra pela terra na Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário