9 de fevereiro de 2012

Após desocupação da AL da Bahia e prisão de líderes acaba greve de PM's


Os policiais grevistas que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia desde o dia 31 de janeiro deixaram o prédio no início da manhã de hoje (9). Dois líderes do movimento que tiveram a prisão decretada pela Justiça, Marco Prisco e Antônio Paulo Angelini, foram presos e pediram para sair pelos fundos do prédio.
O pedido foi aceito pela Polícia do Exército e pela Polícia Federal, que fizeram a prisão, e os dois foram levados de helicóptero para uma unidade da Polícia do Exército em Salvador.
Saíram do prédio 245 policiais grevistas e não havia crianças entre os manifestantes, de acordo com o tenente-coronel Márcio Cunha, responsável pela comunicação da operação. Todos passaram por uma vistoria do Exército antes de deixar o local. Após a saída, o Exército iniciou uma varredura. Ainda não há informação sobre a existência de armas no prédio ou de armas apreendidas.
Ainda restam oito mandados de prisão a ser cumpridos. Ao sair do prédio, os policiais que não tinham prisão decretada foram embora em seus próprios carros.
O Corpo de Bombeiros do Rio decretou, na noite de ontem (8), a prisão administrativa, de 72 horas, do cabo Benevenuto Daciolo, acusado de crime militar de incitamento. Daciolo foi um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros fluminenses no ano passado e chegou a ser detido com mais 400 militares por motim.
Bombeiros e policiais militares fluminenses ameaçam entrar em greve por aumento salarial. O Corpo de Bombeiros, em nota lembra que a Constituição proíbe que militares (inclusive bombeiros e policiais) façam greve. O secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros, Sérgio Simões, informou que já solicitou à Justiça a prisão preventiva de Daciolo.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) deve votar às 11h de hoje (9) o Projeto de Lei 1.184/12, que trata de aumento concedido a servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários. O texto seria votado na última terça-feira (7), mas foi retirado de pauta após receber 78 emendas.

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