5 de janeiro de 2012

Os sonhos dos "indignados", três cidades, as alianças necessárias e a "Mulher Hulk"!

Nada como a possibilidade, ainda que tênue, de vitória eleitoral para mudar o comportamento dos partidos políticos.
Vejam lá.
Como tem nomes aparecendo com relevo em algumas capitais (Belém, Macapá e Rio de Janeiro), o PSOL, aquele partidos dos "indignados", dos "contra tudo" e "contra todos", ensaia mudar o rumo da prosa e chegar-se algremente "à direita".
Em seu III Congresso, realizado 3 e 4 de dezembro do ano passado, o PSOL decidiu desabrochar e abrir-se tal qual uma flor em botão para uma arrojada política de alianças. Em Macapá, por exemplo, foi aprovada aliança com o PTB do mensaleiro Roberto Jefferson(!), e no Rio com o PV do metamorfótico Gabeira, aliado dos demotucanos (!). "Oh! Heresia!", gritaram alguns, mas foram abafados pela ampla maioria que festejava a vitória próxima! Quem te viu, quem te vê, PSOL!
Mas, o sonho dos "indignados" é uma aliança com o PT em Belém para garantir a vitória de Edmilson "Língua Plesa" Rodrigues. 
Logo com o PT que até outro dia atrás era considerado o maior "traidor da classe operária"! Tem quem defenda, entre os "indignados" a aliança já no primeiro turno. A princípio a questão seria colocada apenas caso o "Língua Plesa" conseguisse credenciar-se para o segundo turno nas eleições para a prefeitura de Belém. Imaginava-se que contra um tucano ou contra Arnaldo Jordy do PPS. Ocorre que Jader Barbalho no Senado dá novo ânimo à candidatura de Priante que voltou a ser discutida (ainda que como balão de ensaio e moeda de troca); por outro lado, Almir Gabriel (PTB) não pode ser ignorado. Com tantas alternativas, o PT, por outro lado, não está muito animado em remar na canoa de Edmílson. Acha que tem mais vantagem sair sozinho no primeiro turno e trocar apoio por cargos no segundo a depender de quem esteja na disputa.
Assim, os sonhos mirabolantes dos "indignados" do PSOL, ávidos por carguinhos e boquinhas nas tetas gordas da Prefeitura de Belém vão se esvaindo. 
Mas, que ninguém negue aos psolistas ao menos uma proeza: estão conseguindo fracionar partículas ínfimas da matéria partidária. Eles que já eram eleitoralmente insignificantes agora podem rachar de vez! Um estudo de caso para a Ciência Política aplicada às irrelevâncias!
No congresso que elegeu como novo presidente, o deputado federal Ivan Valente (SP), quem não deu as caras foi a ex-senadora e hoje vereadora Heloisa Helena, a grande liderança nacional do Psol desde sua fundação. Ela acusa a atual direção de "direitismo"! Deus nos livre da meiguice da Helô! Uma "dissidência" está contratada! Logo veremos nascer o "PSOLdoB", talvez unindo Heloisa e Marina Silva! Um luxo! O símbolo poderia ser a "Mulher Hulk" que como se sabe é "raivosa" e "verde".

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