Kassab e Alckmin seguem na política de combate às drogas em São Paulo. Tomara que sirvam como exemplo!

Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin seguem na política de desmantelamento das áreas de consumo de crack em São Paulo. O rolo envolve segurança pública, saúde pública e liberdades e garantias constitucionais. É mole ou quer mais?

Até onde vejo, apartar viciados e traficantes é uma boa ideia. Meter na cadeia estes e oferecer tratamento àqueles, também.

Diz-se que a internação compulsória viola os direitos constitucionais dos viciados. Conversa! Os viciados que estão sendo internados foram transformados em zumbis, incapazes de expressar qualquer vontade, são pessoas que o tráfico, com a preciosa ajuda da omissão estatal, vulnerabilizou. Precisam ser protegidos de si mesmos.

Geraldo Alckmin também seguirá fazendo sua parte e manterá a Polícia Militar na área por mais algum tempo.

Entendo que é assim que se combate essa praga. Com a mão forte do Estado, sendo implacável com os traficantes, mas sem passar a mão sobre a cabeça do viciado. Está doente? Que lhe seja fornecido o tratamento, compulsório se necessário for. O que não é aceitável é que, em nome de certas liberdades garantidas aos viciados, sejam retiradas outras tantas liberdades dos cidadãos honestos, pagadores de impostos e que não buscam lenitivos fáceis para suas dores físicas ou espirituais.

Medidas coercitivas quando em jogo a saúde pública e a segurança de toda a sociedade, mais que necessárias, são obrigatórias. Basta lembrar as confusões em que meteu-se Osvaldo Cruz, no começo do século XX, quando decidiu, acertadamente, imunizar o Rio de Janeiro contra a febre amarela, peste bubônica e varíola.

Encaremos os fatos. A droga é a grande praga de nosso tempo, que assola nossas cidades (grandes, médias ou pequenas) e ronda a porta de nossas casas. Chegamos ao ponto de ter que reconhecer que o trololó politicamente correto do "descriminalize-já" é patacoada e torna quem o reproduz aliado objetivo dos malditos traficantes, seja ex-presidente da República ou bicho-grilo-come-folha-descolado.

Até o arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, defendeu neste sábado (21) a operação policial que combate o tráfico de drogas na “Cracolândia”. O Arcebispo classificou a ação como "necessária". A declaração foi feita durante a visita do religioso a um abrigo para dependentes que está sendo construído na Rua Prates, no bairro Bom Retiro, no Centro. Kassab também participou do evento.
“Ninguém está aprovando o uso de métodos truculentos ou violentos, mas a intervenção policial era necessária”, ponderou Dom Odilo durante entrevista ao Portal G1. Para ele, as ações do poder público incrementam o trabalho de voluntários que se dedicam à ajuda aos usuários de drogas, como é o caso de vários grupos ligados à Igreja.
Durante a visita, Kassab disse que o Complexo Prates, com capacidade para atender 1.200 dependentes, será inaugurado no mês de março.
Balanço divulgado ontem mostra que a Polícia Militar já realizou 6.924 abordagens a pessoas na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, desde 3 de janeiro, quando teve início a operação de combate ao tráfico. Nesta sexta, mais um foragido do sistema penitenciário foi recapturado. Desta forma, já são 44 foragidos recapturados pela PM. Além disso, desde o início da operação policial na cracolândia, 151 pessoas foram presas, 436 encaminhadas para serviços de saúde, 106 internadas e 5,6 quilos de crack apreendidos.

Seguindo na política de enfrentamento às drogas, um decreto publicado ontem (20) no Diário Oficial do Município, assinado por Kassab, determina a implantação em caráter de urgência de instalações de assistência social na região da cracolândia. Os equipamentos vão ocupar o espaço de quase um quarteirão deixado pelos seis imóveis que foram demolidos esta semana no centro da cidade.
Segundo a Agência Brasil a coordenação dos projetos será feito pelas secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social, de Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e de Coordenação das Subprefeituras. 

Mais demolições estão previstas no plano de remodelação urbana da região. A área está incluída nos 45 quarteirões do entorno da Estação da Luz que receberão incentivos para atrair investimentos privados. Para a prefeitura, o abandono e deterioração dos imóveis propicia abrigo para usuários e traficantes de crack.

Não resta dúvida que a cidadania viveria muito melhor se o Governo Federal, outros governadores e prefeitos fossem também contagiados por essa vontade de combater o tráfico e o consumo de drogas que anima Alckmin e Kassab. Torçamos para essa moda pegue! Nos meios castrenses diz-se que "palavras convencem, mas exemplos arrastam". Seria ótimo que a máxima se tornasse realidade.