20 de janeiro de 2012

Jatene cede, melhora proposta e greve de PM's é suspensa


Demonstrando ter muito juízo, Jatene tratou de melhorar a proposta apresentada ontem (18) e conseguiu, pelo menos por enquanto, desmobilizar a tropa. Realmente, é fácil "cozinhar o galo" quando do outro lado da mesa estão professores, como disse aqui no blog pela manhã, armados com tocos de giz e alguma ideologia. Agora, quando os reivindicantes sabem usar pistolas .40 e fuzis 762 a tendência é que as negociações sejam mais céleres, não é?
Com a avenida Nazaré, no centro de Belém, devidamente interditada, os grevistas (a rigor, deveriam ser chamados de "amotinados". Mas, onde está a coragem de Jatene para isso?), forçaram uma longa reunião, no Centro Integrado de Governo (CIG), e o Governo do Pará foi obrigado a comprometer-se em conceder reajustes de 18% a 26% aos salários dos policiais militares. A proposta inicial era de 14%
De posse das nova proposta, os líderes dos grevistas apresentaram os termos do governo estadual para a tropa e por volta das 21h, foi tomada a decisão de não paralisar os serviços da PM. As várias associações representativas da PM e dos Bombeiros - Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Bombeiro Militar (Acsombmpa); Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar (Assubsarpm); Associação dos Subtenentes dos Bombeiros (Assbm/PA); Associação dos Militares da Reserva Remunerada (Aspomire), e Associação de Policiais Militares, Bombeiros Militares e Familiares (Aspol) - participaram da assembleia
O governo comprometeu-se ainda em pagar intersídio de 5% para os praças, ganho de 70% sobre a gratificação de risco de vida e ganho real de 7%. Também ficou definida a permanência da mesa de negociação com a categoria, a fim de discutir outras reivindicações dos militares do Estado, como o prazo de implantação da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o adicional de interiorização e o auxílio fardamento para cabos e soldados, além de mais 30% na gratificação por risco de vida.
Ou seja, considerando o andamento tão distinto das negociações com professores e PM's é fácil concluir que para arrancar alguma vantagem do Governo Jatene basta a tropa amotinar-se. Para usar o bordão de um dos secretários de Jatene, muito ativo nas redes socias da web, "simples assim"!
Com os professores que REIVINDICAVAM O CUMPRIMENTO DE UMA DECISÃO JUDICIAL Jatene tratou de "empurrar com a barriga" as negociações, fez a greve estender-se por um longo período e penalizou alunos, familiares e professores. Até um juiz muito amigo do Poder foi recrutado para baixar o canetaço e criminalizar um MOVIMENTO GREVISTA LEGAL!
A mesma disposição não ocorreu a Jatene e sua tchurma na greve dos PM's. A tropa, sob o COMANDO DOS SEUS OFICIAIS, colocou a baioneta no peito do Governo e fez a célebre pergunta: "E aí? Vai encarar?" De onde vim, diríamos que Jatene "gelou" para os PM's e tratou que "quebrar o porquinho" do Estado para oferecer mais do que pode pagar. Como tudo na vida, isso terá consequências. Além de outras categorias começarem a refletir sobre suas estratégias, existe o fato inarredável que este AUMENTO NÃO ESTAVA PREVISTO NO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA ESTE ANO. Por decorrência, o dinheiro deverá sair de algum lugar. Como se sabe, Jatene conta com o tarifaço da mineração para rechear os cofres justo no ano eleitoral e eleger seus prefeitos no Novo Pará (em Carajás e Tapajós não pega muito bem sair alardeando que se tem o apoio do "governador do Não"), e para manter aberto seu saco de bondades, desde é claro, que os reivindicantes estejam "armados e vestidos de preto". Como se vê, a PM descobriu que o Zero Um é um brincalhão!
Agora, aguardemos que a paciência dos delegados e investigadores acabe para termos novas ameaças de greve. É esta a rotina do Parazão grandão, ricão e pujante!
Caveira!
PS: Por falar em professores estaduais, alguns compromissos assumidos pela Seduc até agora não foram cumpridos. As aulas estão previstas para serem retomadas em fevereiro. Não será surpresa se os estudantes derem de cara com escolas fechadas mês que vem. Os professores, todos sabemos, não usam armas. 

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